quinta-feira, 12 de março de 2020

GALERIA: Carros de combate Hotchkiss H35/H39 na Iugoslávia


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog12 de março de 2020.

Blindados franceses Hotchkiss H35/H39 da 7ª Divisão de Montanha de Voluntários SS "Príncipe Eugen" (7. SS-Freiwilligen Gebirgs-Division "Prinz Eugen"), em uso pelos alemães na Iugoslávia, na região dos Bálcãs. Ele foi designado Panzerkampfwagen 35H 734(f) ou Panzerkampfwagen 38H 735(f), conforme o modelo.











Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

A FEB e os jipes


Pelo Major Elber de Mello, 1957.

[A linguagem da época foi mantida]

Um dos fatos mais aborrecidos da guerra era a facilidade com que os americanos se apoderavam dos jipes uns dos outros.

Não havia possibilidade de um minuto de despreocupação para aquêles que viajassem pela ITÁLIA a serviço ou a passeio.

Qualquer descuido e lá se ía o jipe, trazendo transtornos, interrompendo umas merecidas férias, criando dificuldades, infernando as vidas dos combatentes.

Ordens severas eram dadas para que os motoristas se grudassem aos seus veículos e mil e uma artimanhas eram empregadas contra os perigosos ladrões.



Logo que o primeiro escalão da F.E.B. recebeu seu material vários jipes desapareceram. Não havia jornada sem que surgisse algum motorista em desespêro.

Era necessário pôr um fim àquele estado de coisas.

Constou então que um de nossos chefes (evidentemente em desabafo) coçando a cabeça, declarou que só se fazendo o mesmo com êles, isto é, furtando-lhes também em represália.

Tanto bastou. Em uma só semana uma dezena de jipes dos americanos foram furtados.

Contou-me um repórter de um jornal de Nova Iorque que deixara seu veículo à porta da casa de uma família italiana enquanto namorava na sala. Em dado momento pára uma viatura brasileira com guindaste, iça seu jipe e sai em disparada.

Mesmo no acampamento da Esquadrilha, um dos nossos “desapertou” um jipe, armou uma espaçosa barraca coletiva e lá dentro entocou o furto.



A polícia americana percorreu o acampamento, ficou “quente”, mas nada descobriu.

A surprêsa foi grande quando ao raspar a numeração e os emblemas do Exército de Tio Sam apareceram por baixo a numeração e os emblemas da Marinha dêles.

O brasileiro esfregou as mãos de contente: ladrão que rouba de ladrão tem cem anos de perdão.

Apesar das severas ordens emanadas do comando da D.I.E., muita viatura furtada do V Exército serviu aos brasileiros até o fim da campanha.

O mesmo se conclui quanto às nossas, anteriormente furtadas, que jamais foram encontradas ou restituídas.



Durante a Ofensiva da Primavera um dos pilotos da Esquadrilha achou uma viatura militar alemã, correspondente ao jipe americano e a utilizou oficialmente até embarcar para o BRASIL.

Positivou-se a sua superioridade ao similar do TIO SAM tendo maior maneabilidade, velocidade e, sobretudo, realidade.

A viatura alemã tinha as seguintes características:

Marca - Volkswagenkerk.

Modêlo - 1/4 tonelada.

Rodas - 4.

Indicativo - 103.

Para que uma viatura inimiga capturada pudesse trafegar era necessário a permissão oficial e a côr e os emblemas da tropa que a utilizava.

Major Elber de Mello HenriquesA FEB doze anos depois, 1957, pg. 200-202.

O Coronel Nestor da Silva desfilando em um jipe.


Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

GALERIA: Exercício "Shamrakh 1"

Operadores sauditas no exercício de guerra de montanha "Shamrakh 1", nos Alpes franceses, em outubro de 2014.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog14 de outubro de 2014.

A Arábia Saudita enviou unidades especiais para treinamento conjunto com tropas alpinas francesas, incluindo unidades de comandos, unidades de vigilância paraquedistas e forças especiais do Exército Real Saudita. O exercício teve seu foco no treinamento físico e a adaptação para condições naturais e o clima frio.

O comandante saudita, Major Fahed bin Zahem al-Atibi, disse que o exercício foi uma continuação de exercícios anteriores com os comandos franceses. "Nossas unidades passaram por muitos exercícios, e esse treinamento será usado para melhorar o que já ganhamos em experiência e expertise em termos de terreno montanhoso, operações de comandos e vigilância", disse o major.

"O tempo e as condições do clima não serão um obstáculo para os nossos soldados, dado que eles treinaram previamente em ambientes montanhosos e são profissionais", ele adicionou.

Noticiado pela Al Arabiya, 13 de outubro de 2014.
















Bibliografia recomendada:

Arabs at War:
Military Effectiveness, 1948-1991.
Kenneth M. Pollack.

World Special Forces Insignia.
Gordon L. Rottman.

Le FAMAS et son histoire.
Jean Huon.


Leitura recomendada:



FOTO: Blindados abandonados no Sinai

Blindados T-54A e ZSU-57-2 egípcios abandonados no Sinai, Guerra dos Seis Dias, 1967.

Bibliografia recomendada:

FOTO: Riders of Doom

Soldados chineses e mongóis cavalgando até vilas isoladas, nas Montanhas Altai, para avisá-las sobre a epidemia do Covid-19, 2020.

Enquanto o resto do mundo luta contra o surto de coronavírus (Covid-19), o governo chinês usa a propaganda estatal para retratar seu líder Xi Jinping como o firmemente em controle, mostrando um exército de trabalhadores da saúde em uma "guerra popular" contra a doença.

O Partido Comunista Chinês procura evitar a culpa por qualquer manipulação indevida do surto, notadamente uma resposta inicial lenta que permitiu que o vírus se instalasse às custas do povo chinês e do resto do mundo; e, ao contrário, busca crédito para superar a crise, aumentando a legitimidade de seu governo. A credibilidade chinesa já afeta diretamente a sua economia.

quarta-feira, 11 de março de 2020

Não acredite na história da China: o coronavírus pode ter vazado de um laboratório

Soldado chinês com uma máscara em Wuhan, quando o governo chinês bloqueou o local, no dia 22 de janeiro de 2020.

Por Steven W. Mosher, New York Post, 22 de fevereiro de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 11 de março de 2020.

Em uma reunião de emergência em Pequim, realizada na sexta-feira passada, o líder chinês Xi Jinping falou sobre a necessidade de conter o coronavírus e criou um sistema para evitar epidemias semelhantes no futuro. 

Um sistema nacional para controlar os riscos de biossegurança deve ser implementado "para proteger a saúde das pessoas", disse Xi, porque a segurança de laboratórios é uma questão de "segurança nacional".


Xi na verdade não admitiu que o coronavírus que agora devastou grandes áreas da China havia escapado de um dos laboratórios de pesquisa prévia do país. Porém, no dia seguinte, surgiram evidências sugerindo que isso foi exatamente o que aconteceu, quando o Ministério de Ciência e Tecnologia da China divulgou uma nova diretiva intitulada: "Instruções para fortalecer o gerenciamento de biossegurança em laboratórios de microbiologia que lidam com vírus avançados como o novo coronavírus".

Leia isso de novo. Com certeza parece que a China tem um problema em manter patógenos perigosos em tubos de ensaio onde eles pertencem, não é? E quantos "laboratórios de microbiologia" existem na China que lidam com "vírus avançados como o novo coronavírus"?

Acontece que em toda a China há apenas um. E este está localizado na cidade chinesa de Wuhan, que por acaso é ... o epicentro da epidemia. 

Isso mesmo. O único laboratório de microbiologia de nível 4 da China, equipado para lidar com coronavírus mortais, chamado Laboratório Nacional de Biossegurança, faz parte do Instituto Wuhan de Virologia.

Um membro de uma equipe médica verifica a temperatura de um paciente que apresentou sintomas leves do coronavírus.
(AFP via Getty Images)

Além disso, o principal especialista em guerra biológica do Exército de Libertação Popular, um major-general Chen Wei, foi enviado a Wuhan no final de janeiro para ajudar no esforço de conter o surto.

De acordo com o PLA Daily, Chen está pesquisando coronavírus desde o surto de SARS de 2003, assim como Ebola e antraz. Também não seria sua primeira viagem ao Instituto Wuhan de Virologia, uma vez que é um dos únicos dois laboratórios de pesquisa de armas biológicas em toda a China.

Isso sugere a você que o novo coronavírus, agora conhecido como SARS-CoV-2, pode ter escapado daquele laboratório e que o trabalho de Chen é tentar colocar o gênio de volta na garrafa, por assim dizer? Sugere pra mim.

Adicione ao histórico de incidentes semelhantes da China. Até o vírus mortal SARS escapou - duas vezes - do laboratório de Pequim onde estava (e provavelmente está) sendo usado em experimentos. Ambas as epidemias "criadas pelo homem" foram rapidamente contidas, mas nenhuma delas teria acontecido se fossem tomadas as devidas precauções de segurança.

E ainda há esse fato pouco conhecido: alguns pesquisadores chineses costumam vender seus animais de laboratório a vendedores ambulantes depois de terminarem de experimentá-los.

Você me ouviu direito.

Em vez de descartar adequadamente os animais infectados por cremação, conforme a lei exige, eles os vendem por debaixo dos panos para ganhar um pouco de dinheiro extra. Ou, em alguns casos, muito dinheiro extra. Um pesquisador de Pequim, agora preso, ganhou um milhão de dólares vendendo seus macacos e ratos no mercado de animais vivos, onde acabaram no estômago de alguém.

Membros de uma equipe de saneamento da polícia pulverizam desinfetante como medida preventiva contra a disseminação do coronavírus.
(AFP via Getty Images)

Também alimentando suspeitas sobre as origens do SARS-CoV-2 está a série de desculpas cada vez mais esfarrapadas oferecidas pelas autoridades chinesas quando as pessoas começaram a adoecer e morrer.

Eles primeiro culparam um mercado de frutos do mar não muito longe do Instituto de Virologia, mesmo que os primeiros casos documentados de Covid-19 (a doença causada pelo SARS-CoV-2) envolvam pessoas que nunca pisaram lá. Eles apontaram para cobras, morcegos e até um tamanduá escamoso chamado pangolim como a fonte do vírus.

Eu não engulo nada disso. Acontece que as cobras não carregam coronavírus e que os morcegos não são vendidos no mercado de frutos do mar. Nem os pangolins, espécie ameaçada de extinção, são valorizados tanto por suas escamas quanto por sua carne.

As evidências apontam para a pesquisa de SARS-CoV-2 sendo realizada no Instituto Wuhan de Virologia. O vírus pode ter sido levado para fora do laboratório por um trabalhador infectado ou cruzado para humanos quando eles inconscientemente jantaram um animal de laboratório. Qualquer que seja o vetor, as autoridades de Pequim estão agora claramente lutando para corrigir os sérios problemas com a maneira como seus laboratórios lidam com patógenos mortais.


A China desencadeou uma praga em seu próprio povo. É muito cedo para dizer quantos na China e em outros países acabarão morrendo pelas falhas dos laboratórios estatais de microbiologia de seu país, mas o custo humano será alto.

Mas não se preocupe. Xi nos garantiu que está controlando os riscos de biossegurança "para proteger a saúde das pessoas". Os especialistas em armas biológicas do PLA estão no comando.

Duvido que o povo chinês ache isso muito tranquilizador. E nós também não devemos.

Steven W. Mosher é o presidente do Instituto de Pesquisa Populacional e autor de "Bully of Asia: Why China's Dream is the New Threat to World Order" (Valentão da Ásia: por que o 'sonho' da China é a nova ameaça à Ordem Mundial).

Bully of Asia:
Why China's dream is the new threat to world order,
Steven W. Mosher.

Leitura recomendada:



FOTO: Riders of Doom, 12 de março de 2020.

O identidade da Stasi do Putin foi encontrada em arquivo alemão

Um cartão de identificação com foto emitido para um jovem Vladimir V. Putin pela Stasi. (BStU)

Por Palko Karasz, The New York, 12 de dezembro de 2018.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 11 de março de 2020.
(Noticiado no Soldier of Fortune hoje)

LONDRES - O tempo de Vladimir V. Putin como agente de inteligência soviético na Alemanha Oriental está amplamente envolto em segredo. Ele alegou, por exemplo, ter dispersado sozinho manifestantes do lado de fora do escritório do KGB (Komitet Gosudarstvennoy Bezopasnosti/ Comitê de Segurança do Estado), em Dresden em 1989, nos últimos dias do governo comunista.

Agora, a publicação do tablóide alemão Bild de um cartão de identificação com foto emitido a um jovem Sr. Putin pela Stasi, a polícia secreta da Alemanha Oriental, retira o véu de uma parte de seu mandato em Dresden, causando uma onda de excitação nas mídias sociais e levantando questões sobre sua presença na antiga República Democrática Alemã.

O cartão de identificação de Putin também foi liberado na quarta-feira pelo Comissário Federal para os Registros do Serviço de Segurança do Estado da antiga Alemanha Oriental. Impresso em papel verde no estilo de passaporte, o cartão traz uma foto em preto e branco de um jovem oficial de inteligência identificado como Major Putin, que teria 33 anos na época. 

Foi emitido no último dia de 1985 e possui selos de validação para cada trimestre, exceto um - o último trimestre de 1986. O documento também traz o que parece ser a assinatura de Putin.

O edifício da Stasi ficava a poucos passos de distância da vila onde o K.G.B. tinha seus escritórios.

"Isso não prova que ele trabalhou para a Stasi", disse por telefone na quarta-feira Douglas Selvage, que trabalha nos arquivos da Stasi.

Carimbos de validação no documento da Stasi do Sr. Putin. (BStU)

O que a identidade comprova, disse Selvage, especialista nas relações entre o K.G.B. e a Stasi, é que Putin, como outros oficiais da agência de segurança soviética, teve acesso à sede da Stasi em Dresden, provavelmente por recrutar moradores para o seu trabalho de inteligência.

O porta-voz do Kremlin, Dimitri S. Peskov, disse na terça-feira: "Meu palpite é que, na era soviética, o K.G.B. e a Stasi eram parceiros e, por esse motivo, não se deve descartar que eles possam ter trocado documentos e passes de identificação.”

Ao contrário de outros serviços de inteligência, onde as informações são compartimentadas com base na necessidade de conhecimento, oficiais do K.G.B. poderiam ter acesso à maior parte da inteligência da Stasi. Os agentes soviéticos tinham acesso semelhante à inteligência em todas as nações do Pacto de Varsóvia, disse Selvage.

Ele disse que os pesquisadores encontraram identificações semelhantes em arquivos de outros distritos da antiga Alemanha Oriental e, às vezes, até fotos de passaporte - identificadas apenas com as palavras "amigo" ou "K.G.B." atrás.

O arquivo da Stasi divulgou fotos e documentos relacionados ao tempo de Putin na Alemanha várias vezes. Mas depois de um pedido em novembro da Bild, os arquivistas examinaram mais de perto os arquivos pessoais de oficiais do K.G.B. em Dresden, e encontraram o documento, que nunca havia sido liberado, disse Dagmar Hovestädt, porta-voz do arquivo da Stasi, por telefone na quarta-feira.

"Todo ano, existem centenas de pedidos para ver os registros da Stasi sobre Putin", acrescentou Selvage, mas pouco se sabe sobre seu trabalho.

Os arquivos do K.G.B. relativos aos anos de serviço de Putin ainda são secretos e poucos registros relevantes foram descobertos no arquivo da Stasi. O K.G.B. existiu até 1991 e foi sucedido pelo FSB (Federal'naya sluzhba bezopasnosti Rossiyskoy Federatsii / Serviço Federal de Segurança) como principal agência de segurança doméstica da Rússia.

Bibliografia recomendada:

A KGB e a Desinformação Soviética: a visão de um agente interno.
Ladislav Bittman.

Leitura recomendada: