terça-feira, 13 de setembro de 2022

Demonstração das Forças Especiais estonianas e francesas no Mali


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 12 de setembro de 2022.

Operadores especiais franceses e estonianos no Mali durante uma apresentação de capacidades em abril de 2021; a qual incluiu CQB, patrulhas de longa distância motorizadas e embarque helitransportado. O foco da apresentação foi o pelotão de Forças Especiais estoniano, que desdobrou uma força considerável de 95 comandos.

O Comando de Operações Especiais (Erioperatsioonide väejuhatusESTSOF), geralmente traduzido como Força de Operações Especiais, foi criado em 8 de maio de 2008, e teve seu batismo de fogo no Afeganistão como parte da ISAF em 2012. Seu objetivo principal é o desenvolvimento de capacidades para a guerra não-convencional, e tem a tarefa de planejar, preparar e executar operações especiais. Estas incluem reconhecimento e vigilância especiais, apoio militar e ação direta (ação de comandos). A ESTSOF é aquartelada na rua Juhkentali 58, 15007, na capital Tallinn, e está sob o comando direto do Comandante das Forças de Defesa da Estônia.

Operador estoniano demonstrando o recarregamento tático com pistola.

Distintivo de ombro do ESTSOF.

Em março de 2020, a Estônia anunciou que as suas forças especiais se juntariam à Força-Tarefa Takuba no Mali para trabalhar ao lado das forças especiais francesas, que apoiavam as forças de segurança malianas. Em julho, o pelotão de forças especiais estoniano iniciou sua missão em Gao, onde já estavam sediadas as tropas das Forças Armadas da Estônia, que participavam da Operação Barkhane. O pelotão especial estoniano empregou quatro veículos blindados Jackal emprestados do Reino Unido para a missão. 

O esforço estoniano foi considerável, com uma força de 95 operadores em serviço de combate (em oposição a serviço de estado-maior e apoio, por exemplo) dado que a Estônia é um país pequeno. A Força-Tarefa Takuba é um projeto francês de defesa integrada européia e, em março de 2021, contava de 600 homens, com 300 deles sendo franceses. A demonstração mostra os estonianos com operadores franceses e outros europeus, como os dinamarqueses.


Em fevereiro de 2021, a Estônia anunciou que se retiraria do Mali por causa da presença dos mercenários russos do Grupo Wagner. A junta militar maliana se aproximou da Rússia de forma intransigente, de tal forma que exigiu a retirada da França e dos seus aliados europeus em 2022. Em 30 de junho de 2022, a Força-Tarefa Takuba encerrou sua missão no Mali durante a retirada em andamento das forças francesas envolvidas na Operação Barkhane, e mudou-se para o Níger, onde continua a luta contra o Estado Islâmico no Grande Saara (État islamique dans le Grand Sahara, EIGS) na Operação Solstice.













Bibliografia recomendada:

Guerra Irregular:
Terrorismo, guerrilha e movimentos de resistência ao longo da história,
Alessandro Visacro.

Leitura recomendada:

domingo, 11 de setembro de 2022

Israel alivia restrições às exportações de defesa, mas se recusa a divulgar seus clientes

Oficiais militares estrangeiros vistos na Exposição de Defesa, HLS e Cibernética de Israel (ISDEF), em Tel Aviv, em 21 de março de 2022.
(Avshalom Sassoni/Flash90)

Por Tal Schneider, The Times of Israel, 11 de setembro de 2022.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 11 de setembro de 2022.

Os dados mostram um grande salto nas exportações após a invasão da Ucrânia pela Rússia, mas as informações sobre os países que compram sistemas israelenses permanecem em grande parte ocultas.

O ano de 2022 está se preparando para ser um ano recorde para as exportações de defesa israelenses. No entanto, não há informações públicas sobre quais países estão comprando produtos israelenses e o que exatamente estão comprando.

Em recente anúncio sobre a aposentadoria do chefe do órgão do Ministério da Defesa responsável pelas exportações — a Diretoria de Cooperação Internacional em Defesa (SIBAT) — observou-se que o General-de-Brigada Yair Kulas foi “um dos líderes do salto acentuado nos números de exportação de defesa” até um recorde histórico em 2021, atingindo US$ 11,3 bilhões (cerca de 8% do total de exportações de Israel, incluindo bens e serviços).

Há alguns meses, o ministro da Defesa, Benny Gantz, disse ao site hebraico do The Times of Israel, o Zman Israel, que o valor das exportações de defesa em 2022 excederá em muito o de 2021. Já em junho de 2022, os dados do Ministério da Defesa mostraram um grande salto nas exportações após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o que levou a um aumento das compras feitas por países ocidentais.

No entanto, o Ministério da Defesa se recusou a fornecer uma lista dos países que compram armas e produtos de defesa israelenses e as nações que são alvos de crescimento da indústria de defesa. Recentemente, o Ministério da Defesa publicou regulamentos que – quando entrarem em vigor – devem reduzir as restrições aos exportadores de defesa. No entanto, o público não pode julgar ou comentar esses regulamentos, pois a maior parte do conteúdo está em sigilo. Os regulamentos devem alterar as exportações de defesa de duas maneiras – primeiro, expandindo em 50% a lista de produtos não classificados que podem ser comercializados sem licença. O Ministério da Defesa recusou um pedido para fornecer uma lista desses produtos, dizendo que é segredo.

Ilustrativo. Soldados israelenses lançam um míssil guiado antitanque Spike durante um exercício de treinamento.
(Rafael Advanced Defense Systems)

Em segundo lugar, o Ministério da Defesa está expandindo a lista de países para os quais é permitido exportar produtos não classificados sem licença. Quando perguntado sobre a lista de países permitidos, novamente o ministério se recusou a fornecê-la. Se 2022 quebrar o recorde do ano passado para exportações de defesa, é provável que 2023 quebre novamente o recorde à luz da flexibilização das regulamentações.

No entanto, enquanto o ramo de exportação da indústria de defesa está crescendo e florescendo, o Estado está escondendo os produtos, categorias e países de destino para os quais as exportações podem ocorrer com relativa facilidade. Este nível de sigilo pode representar um perigo para o Estado de Israel; quanto mais a informação é ocultada, maior o medo de corrupção, suborno e mediação questionável. Israel deveria ter interesse em encorajar a transparência em suas transações de exportação.

No entanto, uma maneira de localizar a informação é através dos orçamentos de defesa dos países estrangeiros para os quais os produtos israelenses estão sendo vendidos. Em contraste com o orçamento de defesa israelense – que não é segmentado e divulgado – alguns dos orçamentos de países estrangeiros contêm dados sobre compras de defesa.

Embora nem todas as informações sejam visíveis, é possível encontrar algumas das transações de compras de defesa que ocorreram ou foram concluídas nos últimos dois anos. Algumas transações recentes incluem a compra através de países intermediários pela Indonésia (país sem laços formais com Israel) de veículos blindados não-tripulados.

Oficiais militares estrangeiros vistos na Exposição de Defesa, HLS e Cibernética de Israel (ISDEF), em Tel Aviv, em 21 de março de 2022.
(Avshalom Sassoni/Flash90)

A Indonésia foi um dos vários países, incluindo as Filipinas, a comprar sistemas desenvolvidos pela Cellebrite, uma empresa que fabrica software de hackers. O Azerbaijão comprou drones armados israelenses, que teriam sido usados em 2020 para atacar alvos armênios na região de Nagorno-Karabakh. O Azerbaijão também transferiu esses drones para a Guiné Equatorial, uma ditadura. 

O Turcomenistão comprou veículos off-road, bem como drones armados, enquanto a República Tcheca comprou sistemas de radar e mísseis de fabricantes israelenses. A Índia é um dos maiores clientes da indústria de defesa israelense, com destaque especial para o sistema de defesa antimísseis israelense-indiano Barak-8. As Filipinas compraram barcos de patrulha, bem como sistemas de artilharia e 32 tanques leves Sabrah. A Costa do Marfim também comprou barcos de patrulha israelenses.

Eitay Mack, um advogado israelense de direitos humanos que critica fortemente as exportações de armas israelenses, recentemente entrou em contato com o Ministério da Defesa com informações publicadas pelas autoridades filipinas sobre dezenas de milhares de fuzis, pistolas e metralhadoras que Israel vendeu à polícia filipina. A polícia filipina foi acusada de executar sumariamente centenas, senão milhares, de supostos criminosos, muitas vezes atirando neles à queima-roupa.

O Brasil comprou UAVs, radares e mísseis. A Alemanha também comprou mísseis e drones israelenses e também deve comprar o sistema Arrow-3 de Israel, considerado um dos sistemas de defesa aérea mais avançados do arsenal do país.

Um teste de lançamento do sistema de defesa antimísseis Arrow 3 lançado pelo Ministério da Defesa em 28 de julho de 2019.
(Ministério da Defesa)

A Polônia comprou US$ 152 milhões em mísseis guiados antitanque Spike-MR/LR de Israel, que serão parcialmente produzidos na Polônia. A Eslováquia comprou um sistema de radar israelense que deve ser entregue em 2025.

Os Estados Unidos compraram a torre não-tripulada Samson RCWS-30 de Rafael, que é controlada remotamente, evitando assim a exposição dos soldados ao fogo inimigo. Os americanos também compraram mísseis Spike de longo alcance e duas baterias Iron Dome em um acordo de US$ 400 milhões.

Cingapura também comprou a torre não tripulada RCWS-30 da Rafael, enquanto a Romênia decidiu comprar vários IFV com torres não-tripuladas da Elbit. A Itália comprou mísseis Spike, bem como lançadores de mísseis de fabricação israelense. A Grã-Bretanha comprou cinco sistemas avançados de navegação para caças, que devem ser instalados nos jatos Eurofighter Typhoon.

Sistema antimísseis de domo de ferro dispara mísseis de interceptação contra foguetes disparados da Faixa de Gaza em direção a Israel, em Ashkelon, em 7 de agosto de 2022.
(Foto de Yonatan Sindel/Flash90)

Israel vê as exportações de defesa como a chave para impulsionar laços atualizados com países ao redor do mundo, mas está sob escrutínio para vendas de armas, drones e tecnologia de espionagem cibernética para regimes acusados de ter registros irregulares de direitos humanos, para dizer o mínimo.

As exportações de defesa do país são regulamentadas de acordo com uma lei de 2007 que exige que os contratados de defesa considerem como e onde as armas israelenses serão usadas. A lei foi criada para impedir que empresas vendam armas intencionalmente a países que pretendem usá-las para cometer atrocidades.

Embora os contratados sejam legalmente obrigados a levar em consideração potenciais violações de direitos humanos sob a lei, esse requisito pode ser anulado por questões diplomáticas ou de segurança. De acordo com um think tank independente de segurança global, Israel foi classificado como o 10º maior exportador internacional de armas nos últimos cinco anos.

COMENTÁRIO: Eleição sem povo


Por J. R. Guzzo, O Estado de S. Paulo, 11 de setembro de 2022.

 A comemoração dos 200 de independência do Brasil em 7 de setembro, para dizer as coisas como elas são, foi um gigantesco comício nacional em favor da candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição - as maiores demonstrações de massa que o Brasil já teve desde o 7 de setembro de 2021, quando multidões equivalentes já tinham ido para a rua com o mesmo propósito. Não houve, desta vez, tentativas de usar fantasias sobre a quantidade de pessoas presentes para anular as realidades visíveis a olho nu. As fotos e os vídeos, feitos de todos os ângulos e perspectivas, substituíram as "análises políticas" sobre o que as pessoas estavam vendo - ficaram presentes, apenas, as imagens e o fato indiscutível de que a praça transbordou no dia 7 de setembro. Foi muita coisa. Em poucos lugares no mundo, na verdade, pode acontecer algo parecido hoje em dia.

"A ira contra o que aconteceu no dia 7 diz muito sobre o que a esquerda acha do povo brasileiro"


 A tempestade enfurecida de rancor, de despeito e de ressentimento que as manifestações despertaram junto ao ex-presidente Lula, à sua campanha e à esquerda em geral é o certificado mais instrutivo sobre a vitória que a candidatura de Bolsonaro teve no 7 de setembro. Não deu pra dizer que o público não foi para a rua. O público foi acusado, então, de ir para a rua. "Deprimente", "dia triste para o Brasil", "motivo para chorar", "retrocesso político", "ato contra a democracia", "reunião da Ku Klux Klan", segundo disse Lula - e por aí vai, numa condenação explícita à liberdade das pessoas em manifestar sua opinião, apoiar o seu candidato e fazer as suas escolhas políticas. Mas não deveria ser exatamente assim, numa democracia de verdade? Qual tragédia é essa toda que estão vendo no fato de mais de 1 milhão de pessoas, possivelmente, ter participado de manifestações de manifestações de massa em todo o País sem violência, sem incidentes, sem provocar um único BO policial? A ira contra o que aconteceu no dia 7 de setembro - essa, sim, é trágica. Ela diz muito, ou diz tudo, sobre o que a esquerda nacional realmente acha do povo brasileiro: uma massa de gente desqualificada e sem vontade própria, que não se comporta como prescrevem os analistas políticos, totalitária e incapaz de votar corretamente numa eleição para presidente da República.


 Por que a esquerda, em vez de ficar odiando a multidão que foi à rua para dizer que quer votar em Bolsonaro, não faz uma manifestação igual? Esta é a questão que continua sem resposta. Estão querendo uma eleição sem povo - só com os ministros Moraes, Barroso e Fachin, advogados com influência no TSE, briguinhas no horário eleitoral e mais do mesmo. O 7 de Setembro veio para atrapalhar.

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

FOTO: Cachorros táticos do RAID


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 9 de setembro de 2022.

Foto de comunicação social mostrando operadores e cães do RAID posando juntos, 12 de setembro de 2019. Os europeus fazem uso intensivo de cachorros táticos em suas operações, chamados "cães de assalto" no sistema francês (chien d'assaut).

Na foto estão estão 3 pastores belgas Malinois do RAID, com Leïko à esquerda especializada na busca de explosivos, assim como Meska no centro e Jackady à direita, um dos cães de assalto da unidade. Ao garantir uma certa eficiência e utilidade, o cão é essencial dentro do grupo.

O RAID (Recherche, Assistance, Intervention, Dissuasion / Busca, Assistência Intervenção, Dissuasão) é a unidade de intervenção especial da Polícia Nacional francesa, o equivalente ao famoso GIGN fundado em 1985. Sua primeira missão foi um resgate de reféns no tribunal de Nantes pouco tempo depois, em dezembro de 1985.

Bibliografia recomendada:

European Counter-Terrorist Units 1972-2017,
Leigh Neville e Adam Hook.

Leitura recomendada:




FOTO: Sniper na chuva16 de setembro de 2020.


quinta-feira, 8 de setembro de 2022

O Fiat-Ansaldo CV-35 no desfile da vitória do Talibã

Talibãs desfilando em cima de um tankette italiano CV-35 em Kandahar,
31 de agosto de 2022.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 8 de setembro de 2022.

Um tankette Carro Veloce CV-35 (L3/35), de fabricação italiana, usado pelo Talibã em um desfile em Kandahar, 31 de agosto de 2022. O tankette carrega, além dos militantes, a nova bandeira branca nacional, a antiga bandeira do Talibã. A foto foi postada por Lukas Muller  (@aaf_lukas) no Twitter hoje, quinta-feira dia 8 de setembro.

O desfile de 31 de agosto celebrava a vitória sobre os Estados Unidos e a Coalizão, marcando o primeiro aniversário da retirada dos ocidentais e da criação do Emirado Islâmico do Afeganistão, liderado pelo Talibã.

A bandeira nacional do Emirado Islâmico do Afeganistão é a bandeira branca simbolizando pureza e fé, e consiste em um campo branco com um Shahada preto. Significando "o testemunho", este é um juramento islâmico, um dos Cinco Pilares do Islã e parte do Adhan. Lê-se:

"Testemunho que não há deus senão Alá (Deus), e testemunho que Muhammad (Maomé) é o mensageiro de Alá."

Essa bandeira adotada em 15 de agosto de 2021 com a vitória do Talibã na guerra de 2001-2021. Desde a Guerra Anglo-Afegã de 1919, também conhecida como Guerra da Independência, o Afeganistão usou cerca de 19 bandeiras nacionais, mais do que qualquer outro país nesse período. A bandeira nacional teve as cores preta, vermelha e verde na maioria das vezes durante o período; como foi o caso da agora extinta República Islâmica do Afeganistão (2004-2021).

T-62M do emirado islâmico durante o desfile,
também com a bandeira branca.

O CV-35 é um veículo leve sob lagartas dos anos 1930, e é notável por sua capacidade fora de estradas e sobrepujando obstáculos em terreno acidentado; lembrando que o Afeganistão é um país montanhoso com poucas estradas. No entanto, já era totalmente obsoleto em 1940. O Afeganistão adquiriu o tankette italiano na segunda metade da década de 1930. Dado que o veículo da Fiat-Ansaldo foi homologado no Regio Esercito italiano em 1936, acredita-se que os CV-35 afegãos foram entregues à partir de 1937 e permaneceram em serviço por muitas décadas.

Outra foto do velho guerreiro durante o desfile.

Depois da Segunda Guerra Mundial, o Exército Real Afegão modernizou os seus tankettes com ajuda soviética; seu novo patrono e que teria efeitos cataclísmicos no país. Ligeiro, porém mal protegido por meros 15mm de blindagem máxima, o tankette era muito vulnerável. Uma das melhorias feitas foi justamente a substituição das duas metralhadoras de 8mm Fiat 14/35 por duas metralhadoras pesadas KPV de 14,5mm soviéticas. Os outros veículos mantendo o seu armamento original foram usados em serviço de policiamento e vigilância por milícias locais.

A aparição de um veículo tão antigo no desfile da vitória talibã é algo notável e marcante. O Museu de Cabul mantinha um CV-35 em bom estado até aonde se tem notícia, o que indica uma viatura com mais de 75 anos de construção ainda preservada.

O CV-35 nos trópicos

Desfile dos Fiat-Ansaldo CV-35 brasileiros.
Fuzileiros navais ladeiam a avenida.

O Brasil também adquiriu o CV-35 na década de 1930. Tal qual como o Afeganistão, a capacidade em terreno acidentado e baixo preço do veículo. E tal qual como o Afeganistão, foi o segundo veículo nacional depois do lendário Renault FT-17. O Brasil comprou 23 tankettes em 1938, formando o Esquadrão de Auto-Metralhadoras.

Dentro desse esquadrão havia 18 viaturas armadas com metralhadoras duplas Madsen de 7mm, com os outros 5 veículos sendo de comando e armados com uma metralhadora pesada Breda 13,2mm cada um. Desta forma, o esquadrão possuía quatro pelotões de cinco carros cada; todos devidamente marcados por naipes de cartas do baralho. O Esquadrão de Auto-Metralhadoras (designação francesa dos tanquetes) foi filmado pelos ingleses pelo British Pathé quando fazia funções de vigilância no saliente nordestino, em 1942, em prol do esforço de guerra aliado na campanha do Atlântico.


Leitura recomendada:

A primeira mulher piloto do Afeganistão agora está lutando para voar pelas forças armadas dos EUA6 de julho de 2022.

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GALERIA: Graduação no ANASOC13 de abril de 2020.

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O Tanque está morto: conclusão precipitada?12 de agosto de 2022.

Como a China vê a retirada dos EUA do Afeganistão21 de maio de 2021.

GALERIA: Posto-rádio da Milícia Bolivariana da Venezuela em Caracas


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 8 de setembro de 2022.

Soldados armados da Milícia Bolivariana da Venezuela estabelecem uma operação de rádio no topo de um arranha-céu durante o exercício "Escudo Bolivariano 2020" em Caracas, Venezuela, em 15 de fevereiro de 2020.

A Venezuela possui vários arranha-céus, com a maioria concentrada na capital Caracas, e essas plataformas elevadas permitem pontos de controle estratégico em uma hipotética defesa da capital bolivariana. A Milícia Bolivariana, identificada pelo camuflado rajado e os gorros de aba larga, está armada com fuzis FN FAL que atualmente são a primeira linha da milícia. Os regulares da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) foram emitidos o fuzil AK-103, com o FAL passando para a segunda linha.





Bibliografia recomendada:

The FN FAL Battle Rifle,
Bob Cashner.

Leitura recomendada:

quarta-feira, 7 de setembro de 2022

FOTO: Mercenário do Grupo Wagner na Líbia

Mercenário russo Wagner na Líbia, 8 de maio de 2021.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 7 de setembro de 2022.

Um PMC russo do Grupo Wagner na Líbia, 8 de maio de 2021. O mercenário carrega um fuzil sniper Steyr SSG 08 e um fuzil AKM. O AKM é o AK-47 modernizado, e o mercenário Wagner realizou modificação no seu, com uma empunhadura angulada e um quebra-chama personalizado.

O Grupo Wagner, uma Companhia Militar Privada (Private Military Company, PMC) russa, serve como braço armado indireto de Moscou e atualmente tem presença marcante na África, especialmente na Líbia, República Centro-Africana e no Moçambique. O Grupo Wagner também foi empregado na Síria e atualmente serve também na Ucrânia. O Grupo Wagner recebeu os holofotes e o escrutínio internacional, e foram tópico de discussão dos planejadores estratégicos americanos.

Esta PMC foi imortalizada num filme e em três estátuas na Ucrânia, Síria e República Centro-Africana, respectivamente.

Bibliografia recomendada:

The "Wagner Group":
Africa's Chaos in an Economic Boom.
Intel Africa.

Leitura recomendada:


VÍDEO: Desfile Cívico-Militar de 7 de setembro de 2022 em Brasília

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 7 de setembro de 2022.

Hoje celebra-se o dia da Pátria, completando 200 anos da independência do Brasil de Portugal. Para o bem e para o mal, é uma data significativa. O canal oficial da Marinha do Brasil (MB) publicou o desfile cívico-militar em sua integralidade no Youtube.

"Amigos, as Cortes Portuguesas querem escravizar-nos e perseguir-nos. A partir de hoje as nossas relações estão quebradas. Nenhum vínculo unir-nos mais. Tirem suas braçadeiras, soldados. Viva independência, à liberdade e à separação do Brasil. Para o meu sangue, minha honra, meu Deus, eu juro dar ao Brasil a liberdade. Independência ou morte!"

- Dom Pedro I, 7 de setembro de 1822.

Independência ou Morte (1888),
óleo sobre tela do pintor paraibano Pedro Américo,
atualmente no Museu Paulista.

Leitura recomendada:

A geopolítica do Brasil entre potência e influência13 de janeiro de 2020.

Os Processos Políticos nos Partidos Militares do Brasil, 21 de janeiro de 2020.

ENTREVISTA: A formação do Exército Nacional, com Frank D. McCann10 de junho de 2021.

COMENTÁRIO: Pseudopotência, 1º de julho de 2020.

Eleições Não Importam, Instituições Sim, 8 de janeiro de 2020.

Carteira de reservista do Exército Brasileiro no Estado Novo4 de julho de 2022.

terça-feira, 6 de setembro de 2022

Fuzileiros navais sul-coreanos resgatando bombeiros presos pela enchente do Super Tufão Hinnamnor em Pohang

Fuzileiros navais sul-coreanos resgatando bombeiros presos pela enchente do Super Tufão Hinnamnor em Pohang, 6 de setembro de 2022.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 6 de setembro de 2022.

Fuzileiros navais sul-coreanos resgatando bombeiros presos pela enchente do Super Tufão Hinnamnor em Pohang. Eles usaram carros lagarta anfíbios (CLAnf) para chegar aos bombeiros, que estavam presos na siderúrgica POSCO. No serviço coreano, o CLAnf é designado KAAV7A1.

KAAV7A1 desdobrado para resgatar bombeiros presos por inundação no local do incêndio na siderúrgica POSCO.

No início dessa terça-feira, 6 de setembro, os fuzileiros resgataram 27 civis, incluindo bombeiros presos no local do incêndio na siderúrgica POSCO. Os fuzileiros navais também estão empregando barcos infláveis e coordenando com o Exército, a Força Aérea e helicópteros civis para ajudar na operação de resgate.

Até agora, 2 pessoas morreram e 10 estão desaparecidas como resultado do tufão. Alguns vídeos curtos foram propagados na internet, e podem ser vistas aqui e aqui.








Bibliografia recomendada:

AMTRACKS:
US Amphibious Assault Vehicles,
Steven Zaloga e Terry Hadler.

Leitura recomendada:

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

FOTO: Operador especial polonês tatuado com as Meninas Superpoderosas

Operador GISW polonês, 2022.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 2 de setembro de 2022.

Operador do GISW (Grupa Interwencyjna Służby WięziennejGrupo de Intervenção do Serviço Prisional), forças especiais da polícia prisional polonesa, com o braço tatuado com as Meninas Superpoderosas.


As Meninas Superpoderosas (The Powerpuff Girls) é uma série de desenho animado criada e escrita por Craig McCracken, e dirigida junto com Genndy Tartakovsky, e que segue as três meninas superpoderosas Florzinha, Lindinha e Docinho. Elas foram criadas pelo Professor Utônio, que acidentalmente deixou derrubar o Elemento X na poção da "Garotinha Perfeita" (uma mistura de açúcar, tempero e tudo o que há de bom). Sendo assim, o Elemento X deu a elas superpoderes, e entre uma brincadeira e outra, elas têm que salvar a cidade fictícia norte-americana de Townsville de diversos monstros; este nome significando "vila-cidadezinha", para ser o nome mais genérico possível.

Os episódios geralmente começam com o narrador dizendo "A cidade de Townsville... está sendo atacada!". A série estreou em 18 de novembro de 1998 pelo Cartoon Network nos Estados Unidos e foi um sucesso mundial, inclusive no Brasil.

Abertura em português brasileiro


Leitura recomendada:

A estratégia da Polônia, 5 de junho de 2021.