sexta-feira, 19 de junho de 2020

O Exército Francês recebeu os três primeiros mini-drones Thales SMDR de reconhecimento

Mini-drone Thales SMDR Spy'Ranger.
(Ministère des Armées)

Do site Army Recognition, 16 de junho de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 19 de junho de 2020.

“Nossa estratégia prevê o fortalecimento de funções-chave, como inteligência. Esses drones são uma de suas encarnações. Ágil, eficiente e fácil de usar, sua chegada às nossas forças armadas é uma excelente notícia e uma tradução adicional dos esforços para revigorar nossos exércitos no âmbito da Lei de Programação Militar. Feito na França pela Thales”, acolheu Florence Parly, ministra dos exércitos franceses na recepção do SMDR pela Direção Geral de Armamento (DGA).

Entregues ao Exército Francês, esses primeiros SMDRs fortalecerão significativamente seus recursos de detecção, reconhecimento e identificação o mais próximo possível da zona de contato. De acordo com a Lei de Planejamento Militar (Loi programmation militaireLPM) 2019-2025, 10 outros sistemas de mini-drones de reconhecimento devem ser entregues até o final de 2020.

Um militar francês da Operação Barkhane guardando um drone Reaper em Niamey, no Níger, em de 14 de março de 2016. (Pascal Guyot/ AFP)

Após as operações de verificação realizadas no site da Thales em Elancourt e no site da DGA Techniques, a DGA acaba de autorizar a entrega da Thales ao Exército Francês dos três primeiros mini-drones de reconhecimento designados SMDR (systèmes de mini-drones de reconnaissance/sistemas de mini-drones de reconhecimento). Com o objetivo de garantir missões de detecção, reconhecimento e identificação, eles são capacitados no sistema DRAC (drone de inteligência de contato) em serviço desde 2008. Entregue à Seção Técnica do Exército Francês (Section technique de l'Armée de terre, STAT) para ser testado pelo pessoal operacional, eles serão desdobráveis em operação até o final de 2020. Eles serão operados pelas seções de mini-drones das baterias de aquisição e vigilância dos regimentos de artilharia e pelo 61º Regimento de Artilharia (61e Régiment d'Artillerie61e RA). Duas vezes mais poderoso que seu antecessor, esse novo sistema de mini-drone permitirá ao Exército francês fortalecer sua capacidade de inteligência o mais próximo possível da zona de contato.

O SMDR consiste em três drones Spy'Ranger idênticos e uma estação terrestre. Equipado com uma bola optrônica de alta definição, trabalhando dia e noite, ele oferecerá maior desempenho de detecção, reconhecimento e identificação. Com uma envergadura de quase 4 metros e um peso de 15kg, o drone tem autonomia de cerca de 2:30h.


O sistema é desdobrado em 12 minutos por uma equipe de duas pessoas (instalação da plataforma de lançamento, montagem do drone, inicialização da estação terrestre e realização de testes antes da decolagem). Graças ao seu link de dados do estudo ELSA* a montante, o drone pode transmitir fluxos de vídeo de alta definição em tempo real, de maneira confiável e segura até 30km da estação terrestre.

*ELSA: Study and demonstration of a universal data link of autonomous air-land systems/ Estudo e demonstração de um link universal de dados de sistemas aéreos-terrestres autônomos.

O LPM 2019-2025 prevê a entrega de 10 outros sistemas de mini-drones de reconhecimento antes do final de 2020. O exército terá uma frota de 35 sistemas até 2021. Esses sistemas receberão suporte em termos de treinamento, logística e manutenção para 10 anos.

Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:






O Estilo de Guerra Francês12 de janeiro de 2020.


Djibuti: O que a Europa deve entender sobre a abordagem da China à expansão militar

Uma delegação militar chinesa marcha durante a celebração do desfile do Dia da Independência do Djibuti em 27 de junho de 2017. O desfile marcou o 40º aniversário da independência do Djibuti da França. (Kentucky National Guard Public Affairs Office/Flickr)

Por Yun SunEURACTIV, 2 de outubro de 2018.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 19 de junho de 2020.

[As opiniões expressas pelo autor não são necessariamente aquelas do tradutor ou do Warfare Blog, pertencendo apenas ao seu ator.]

A presença militar da China no Djibuti tem um impacto na paz e estabilidade na região, o que afeta diretamente os interesses dos países europeus na África, escreve Yun Sun.

A China abriu sua primeira base militar no exterior em Djibuti em 2017. Agora, depois de um ano de operação, muitos detalhes vieram à tona para fornecer uma melhor idéia do motivo de Pequim para a base e seus cálculos globais mais amplos previstos na instalação.

A mentalidade da China


Vários países europeus têm bases militares ou tropas baseadas no Djibuti. Os italianos operam uma base lá, enquanto tropas alemãs e espanholas são acomodadas pelos franceses. O que a Europa está descobrindo cada vez mais é a presença de militares chineses próximos dos seus.

Além disso, a presença militar da China na África terá mais impacto na paz e estabilidade, mudando a política local e o equilíbrio de poder, o que afeta diretamente os interesses de certos países europeus. Além disso, a expansão militar estrangeira da China acabará se manifestando na disputa entre a nova ordem mundial que a China defende e a ordem internacional liberal que a Europa tanto preza quanto deseja avançar.

A China sempre subestimou a importância de seu posto avançado, e diminuiu significativamente a capacidade e o objetivo da base. Antes da conclusão da construção, a China a chamou de “instalação de suprimento logístico no exterior”. Esse termo se transformou gradualmente, e agora os chineses a caracterizam como uma "base de suprimentos" - ainda assim, não um posto avançado "militar".

Posto de controle da marinha chinesa no Djibouti.

A mídia chinesa tem se esforçado para detalhar como a base não pode ser concebivelmente comparada às instalações britânicas e americanas, por exemplo, em termos de infraestrutura, equipamentos disponíveis e recursos na base. A razão pela qual Pequim evita intencionalmente o termo "base militar" é desviar a atenção, suspeita e ameaça. Mas, principalmente, atenção, embora sem sucesso. Pois a verdade inegável permanece - chame as coisas por seu devido nome - de que a base foi dominada, desenvolvida e usada pelas forças armadas chinesas.

Por causa de sua ideologia estatal de "não-interferência" em assuntos extra-soberanos e de desalinhamento, a China sempre teve problemas com seu desejo de uma presença militar no exterior. Ela buscou, portanto, a folha de figo da legitimidade dos mandatos do Conselho de Segurança das Nações Unidas para missões de manutenção da paz, as quais vêm com o consentimento do país anfitrião. E no caso do Djibuti, vemos como a China manipula isso para aumentar gradualmente as apostas.

Marinheira chinesa à bordo do Jinggangshan como parte de uma força-tarefa no Golfo de Áden, 2013.
(People's Daily Online/Chen Geng)

Em 2008, a China iniciou missões de escolta naval no Golfo de Áden, após uma série de resoluções do Conselho de Segurança da ONU autorizando os países a realizarem operações de combate à pirataria na área. No período de dez anos a partir de 2008, a China enviou 30 forças-tarefa de escolta naval para a região, a uma taxa constante de três por ano. As missões forneceram motivos para a China alegar que precisava de um centro logístico para fornecer apoio e suprimentos para suas forças na área. Entra, então, o Djibuti, com sua localização geográfica única. Tinha também a virtude de ser popular com outras forças militares estrangeiras que operam na área. (Nota: os chineses fizeram pedidos particulares para visitar seus vizinhos americanos, os quais foram rejeitados pelo Pentágono.)


O problema é que a história da China não se sustenta. A pirataria na costa da Somália caiu acentuadamente entre 2012 e 2017 - precisamente o período em que a China negociou e construiu sua “base de suprimentos” no Djibuti. Em outras palavras, embora a China tenha predicado sua necessidade de um centro logístico para o serviço de missões contra-pirataria autorizadas pela ONU, o desenvolvimento da base aconteceu quando a ameaça de pirataria estava em rápido declínio.

Após a abertura da base, a China vem consolidando seu controle e a capacidade da instalação. Isso está sendo alcançado em paralelo com o generoso financiamento chinês para um novo porto, zona de livre comércio e projetos ferroviários, de transporte de energia e de abastecimento de água. Em maio, as forças armadas chinesas reconheceram que estavam construindo um novo cais na base do Djibuti. O desenvolvimento da infraestrutura apóia a operação da base chinesa e também engaja o governo do Djibuti na órbita chinesa. O Djibuti está assumindo uma dívida pública equivalente a 88% do seu PIB, sendo a China a credora da maior parte. Com tanto débito devido à China, a capacidade do Djibuti de desafiar ou rejeitar as demandas chinesas é significativamente prejudicada.

Embora a China tenha retratado a base como orientada para a logística, suas próprias ações sugerem usos menos benignos. Dois meses após a sua abertura, a China iniciou treinamentos militares e exercícios de combate de fogo real no terreno para, nas palavras do PLA, “explorar o modelo de desdobramento militar no exterior e melhorar a capacidade das tropas chinesas de manobrar de maneira abrangente as armas e conduzir missões militares diversificadas”. Também expandiu o escopo de suas tropas ali estacionadas. Agora, eles devem fornecer "assistência humanitária" e "[contribuir] para a paz e a estabilidade da África".


Obviamente, não existe uma regra no direito internacional contra a China desenvolver bases militares no exterior, assim como não há razão para que a China deva ser julgada diferentemente de outras grandes potências com bases no Djibuti. No entanto, a maneira pela qual a China desenvolveu sua capacidade militar suscita suspeitas. Além disso, a China não pode provar e defender definitivamente sua suposta intenção benevolente. A abordagem da agenda oculta que a China adotou - usando mandatos da ONU e dívidas - para conseguir o que quer no Djibuti é preocupante. A jogada da China simplesmente desafia as regras do jogo.

De fato, a intenção é tudo na diplomacia. E as intenções da China em relação ao Djibuti são apenas o ponto de partida. O Djibuti é o capítulo de abertura para uma maior presença militar chinesa no exterior. Agora que a China reuniu a experiência, aprendeu as lições necessárias e adquiriu conhecimento suficiente, fontes de Pequim dizem que é apenas uma questão de tempo até que mais bases no exterior sejam construídas.


A expansão no exterior é uma ladeira escorregadia, e nunca é difícil para as grandes potências desenvolverem argumentos criativos (ou auto-denominados "legítimos") para obter mais. A Europa lembra muito bem como a Alemanha Imperial exigiu seu "lugar ao sol" no final da década de 1890, abrindo caminho para sua expansão naval. O Japão criou a idéia de uma “Esfera de Co-Prosperidade da Grande Ásia Oriental” para justificar sua ocupação na Segunda Guerra Mundial, a qual foi muito ressentida em toda a Ásia, inclusive na China.

Pequim pode reivindicar excepcionalismo e que suas ações transcendem os cálculos da realpolitik (política real) de outros estados. No entanto, nesse caso, não é diferente dos hegemonistas americanos que gosta tanto de criticar.

Para a Europa, entender a abordagem chinesa, bem como as intenções por trás dela, é mais importante do que o mero fato da base militar chinesa no Djibuti.

Yun Sun é diretor do programa da China e co-diretor do programa da Ásia Oriental no Stimson Center, em Washington, DC. Ela contribuiu com este artigo para o Syndication Bureau, um serviço de organização de artigos de opinião e análise que se concentra exclusivamente no Oriente Médio.

Bibliografia recomendada:




Leitura recomendada:

Como a China viu a intervenção da França no Mali: Uma análise14 de março de 2020.

A China está preenchendo a lacuna do tamanho da África na estratégia dos EUA14 de março de 2020.

Exército indonésio recebe lote do MLRS Avibras ASTROS II Mk 6 do Brasil

Descarga de um MLRS Avibras ASTROS II Mk 6 no porto indonésio de Tanjung Priok, Jacarta, em 12 de junho de 2020. (Defense Studies)

Do site Army Recognition, 18 de junho de 2020.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 19 de junho de 2020.

Os lançadores de foguetes ASTROS II Mk 6 da Avibras Brasil serão operados pelo Comando de Reserva Estratégica do Exército. Em 2012, a Indonésia encomendou 36 MLRS Astros II, que foram todos recebidos e, consequentemente, utilizados por dois batalhões de artilharia nas Divisões 1 e 2 de Kostrad.

Em 2018, a 3ª Divisão do Exército de Kostrad foi formada. Este Exército de Kostrad tinha vários batalhões destacados em Sulawesi e Papua Nova Guiné. Toda força de Kostrad está equipada com um batalhão de MLRS. Portanto, é provável que os MLRS recém-entregues também sejam usados lá. Outra possibilidade é que eles preencham a lacuna nas Divisões 1 e 2 de Kostrad porque várias unidades do MLRS ASTROS foram enviadas para a Ilha de Natuna.

Desde que a tensão no Mar do Norte de Natuna aumentou, o Exército Indonésio transferiu 14 unidades de MLRS ASTROS II para Natuna. A atribuição foi ao mesmo tempo a mudança de Astros para o 1º Batalhão Composto/ Gardapati Kodam I Bukit Barisan, que supervisiona as regiões de Sumatra do Norte, Sumatra Ocidental, Riau e as Ilhas Riau.

MLRS Avibras ASTROS II Mk 6 transportados em reboques baixos no porto indonésio de Tanjung Priok, Jacarta, em 12 de junho de 2020. (Defense Studies)

O ASTROS II (Artillery Saturation Rocket SystemSistema de Foguetes de Saturação de Artilharia) é um lançador de foguetes autopropulsados produzido no Brasil pela empresa Avibras. Apresenta um projeto modular e emprega foguetes com calibres que variam de 127mm a 450mm (5-17,72 polegadas). Foi desenvolvido com base em um veículo todo-o-terreno Tectran VBT-2028 6×6 para maior mobilidade.

Em 2014, um primeiro ASTROS II Mk.6 aprimorado foi entregue. Este sistema também é conhecido como ASTROS-2020. O veículo lançador é capaz de disparar novos mísseis de cruzeiro AV-TM 300 com alcance de 300km e foguetes guiados AV-SS-G40.

Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

As forças armadas da Indonésia reforçam seu controle anti-terror17 de abril de 2020.

Indonésia desdobra aviões de combate para Natuna em impasse com a China9 de janeiro de 2020.

Não subestime as pequenas forças armadas de Cingapura1º de maio de 2020.

PERFIL: Khalid Bin Sultan Bin Abdulaziz Al Saud, príncipe Khalid bin Sultan, Arábia Saudita19 de janeiro de 2020.

FOTO: Os amotinados e o mistério do FAMAS na Papua Nova Guiné23 de abril de 2020.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

FOTO: Armamentos capturados na Coréia

Soldado de 1ª Classe Julias Van Den Stock, da Companhia A, 32ª Equipe de Combate Regimental, 7ª Divisão de Infantaria do Exército dos Estados Unidos na Colina 902 (Hill 902) próxima a Ip-Tong, na Coréia, em 25 de abril de 1951.

Ele está armado com uma carabina M1 ou M2 com o bocal de granadas em uma posição chinesa capturada. Ao seu lado uma metralhadora leve DP-28 soviética. Os comunistas chineses eram equipados majoritariamente com armamento soviético, além de sobressalentes de guerra japoneses e americanos.


Bibliografia recomendada:

A Guerra da Coréia: Nem Vencedores, Nem Vencidos.
Stanley Sandler.

Leitura recomendada:

FOTO: Filipinos na Coréia14 de março de 2020.






terça-feira, 16 de junho de 2020

GALERIA: Operação Chaumière em Tay Ninh com o 1er BPVN

Paraquedistas do 1er BPVN a bordo do sétimo avião C47 Dakota da primeira vaga. Os paras usam o capacete "Guénau", teoricamente reservado para treinamento, a grande mochila Bergam e a bolsa de perna contendo munição, armas de emprego coletivo, equipamentos médicos ou rádio. Ao fundo, o mestre-de-salto sem camisa aguardando a luz verde.

Por Filipe do A. MonteiroWarfare Blog, 16 de junho de 2020.

A Operação Chaumière ("Cabana de Palha") em Tay Ninh, fotografada em 25 de abril de 1952 por Corcuff Paul para o ECPAD, foi realizada pelo 1er BPVN (1er Bataillon de Parachutistes Viêtnamiens, 1º Batalhão de Paraquedistas Vietnamitas). A reportagem traça o progresso da Operação "Chaumière" em 25 de abril de 1952, iniciando com a fase de lançamento paraquedista do batalhão, a "ratissage" (limpeza) do terreno, a descoberta, busca e destruição das infra-estruturas de uma fábrica de armas clandestina do Viêt Minh, a evacuação por helicóptero dos feridos, a chegada de uma coluna blindada (carros Stuart M5A1 e obuseiros auto-propulsados M8 de 75mm) em reforço e o uso de uma escavadeira.

Lançamento da segunda vaga de paraquedistas do 1º BPVN por aviões C47 Dakota.

No final de fevereiro de 1952, o 1º BPVN reuniu-se em Hanói e entrou para a reserva das TAPN (Troupes Aéroportées NordTropas Aerotransportadas Norte) antes de partir para Saigon em abril. O 1ª BPVN foi então engajado na Cochinchina, em Tay Ninh (Operação "Chaumière"), Ben Suc, Chau Doc, Baria (Operação "Éole") e em Annam, em An Tan (Operação "Cabestan").

Paras do 1er BPVN abrem uma bolsa de perna e retiram as granadas de morteiro 60mm (sem as espoletas, lançadas separadamente) e caixas de munição para as metralhadoras Browning .30.

Morteiro 60mm do 1er BPVN em bateria com o chefe de peça usando um emissor-receptor SCR 536 para se comunicar com as tropas precisando do apoio de fogo.

Perto da forja de uma fábrica clandestina de armas do Viet Minh, um tenente do 1er BPVN transmite suas ordens por meio de uma estação de rádio do tipo SCR 300. À esquerda, seu operador de rádio usando os fones de ouvido do dispositivo em volta do pescoço.

Um sargento do 1er BPVN armado com uma carabina americana M1A1 (de coronha dobrável) em cobertura durante a sabotagem das máquinas-ferramentas da fábrica clandestina de armas do Viet Minh.

Um pára-quedista da 1ª BPVN coloca um cordel de explosivo no eixo de uma máquina-ferramenta na fábrica clandestina de armas do Viet Minh.

Um paraquedista do 1er BPVN armado com uma carabina americana M1A1 (de coronha dobrável) inspeciona cuidadosamente uma fábrica clandestina do Viet Minh para detectar armadilhas, minas ou qualquer presença hostil.

Dois paraquedistas do 1er BPVN usam uma "poêle à frire" ("frigideira", como os franceses chamavam) SCR 625 para detectar um provável esconderijo de armas na fábrica clandestina de armas do Viet Minh. O paraquedista à direita se destacou durante sua primeira estadia na Indochina: quando ele era soldado de 2ª classe no 3e BCCP (3ème Bataillon Colonial de Commandos Parachutistes, 3º Batalhão Colonial de Comandos Paraquedistas), foi feito prisioneiro no desastre da Rota Colonial nº 4 (em 1950), mas conseguiu escapar do cativeiro com um camarada.

Um paraquedista do 1er BPVN foi ferido no abdômen pela explosão duma mina. Ele está sendo enfaixado por um sargento-enfermeiro antes de ser evacuado em uma maca.

O Capitão Vervelle (centro) comandando o 1er BPVN dá suas ordens a dois de seus oficiais enquanto estuda um mapa dos arredores de Tay Ninh durante a Operação Chaumière.

Um paraquedista do 1er BPVN armado com um fuzil MAS 36 LG 48 (lança-granadas de 48 mm) e de suas granadas montando um búfalo, sob o olhar divertido de seus companheiros.

Praças graduados do 1er BPVN agrupam as capas contendo os velames dos paraquedas (após uma dobragem sumária) para seu recondicionamento para a próxima operação aerotransportada.

Bibliografia recomendada:




Leitura recomendada:

GALERIA: Bawouans em combate no Laos28 de março de 2020.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

FOTO: Patrulha ANZAC no Vietnã

Soldado australiano Paul McGrather, atirador de GC armado com uma M60 americana, na província de Phuoc Tuy, no Vietnã do Sul, 9 de março de 1970.
(Colorizada por Julius Jääskeläinen)

Além do seu armamento e carga de combate, McGrath ainda carrega um M16 de um colega que desmaiou por conta do calor. O Soldado Paul McGrath era natural de Orange, em New South Wales (NSW), na Austrália.

Bibliografia recomendada:

Vietnam ANZACs:
Australian & New Zealand Troops in Vietnam 1962-72.
Kevin Lyles.

Leitura: recomendada:

domingo, 14 de junho de 2020

FOTO: O 14 de Julho no Djibouti

Legionários da 13e DBLE durante o desfile de 14 de julho de 1976 no Djibouti.

Bibliografia recomendada:

Legião Estrangeira Francesa:
Um brasileiro em suas fileiras.
Luiz Bouchardet e Antônio Pinto Neto.

Leitura recomendada:

O Galil ARM


Por Seth Cane, Forgotten Weapons, 27 de fevereiro de 2014.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 14 de junho de 2020.

O fuzil Galil começou a vida no final dos anos 1960. A Guerra dos Seis Dias de 1967 tornou aparente a necessidade de um fuzil de serviço mais robusto, versátil e de baixa manutenção para as IDF, depois que as experiências com o FN FAL produzido localmente se mostraram menos do que satisfatórias. Foi solicitado um novo fuzil de serviço que pudesse sobreviver às áridas condições do deserto de Israel.

O projeto inicial do Galil foi reconhecido ao longo dos anos como sendo uma cópia direta da série de fuzis finlandeses Valmet, mas isso não é muito preciso. Os primeiros protótipos do Galil começaram como modificações simples dos AK-47 soviéticos capturados feitas por Yisrael Galili, que incluíam vários recursos posteriormente implementados no projeto final. Apelidado de Balashnikov, eles incluíam um seletor de tiro modificado para uso com o polegar ou os dedos do atirador, enquanto segurava a empunhadura; um bipé montado diretamente no bloco de gás; um guarda-mão modificado/ampliado para acomodar o fogo prolongado e o bipé quando estiver na posição dobrada, e uma coronha dobrável.


Observe o registro de segurança modificado e a empunhadura do FAL.

O modelo mostrado acima é construído sobre um AK-47 do Tipo II ou Tipo III. Uziel Gal (criador da Uzi) projetou seu próprio protótipo de substituição dos fuzis de serviço em 5,56 e 7,62 da OTAN (vista acima do Balashnikov na foto abaixo).

O Balashnikov venceu os americanos M16 e Stoner, o russo AK47 e o alemão HK33. O Balashnikov de Yisrael Galili seria eventualmente alterado ainda mais para o que se tornou o Galil. A versão inicial de produção do Galil utilizou vários recursos de projeto diretamente do Valmet finlandês, sendo os mais notáveis os conjuntos do bloco de gases e da alça de mira, com disposições para visão noturna. O receptor do Galil também foi copiado diretamente do Valmet; há boatos populares de que os primeiros fuzis Galil a deixarem a fábrica da IMI usavam receptores em branco do Valmet antes do início da produção interna, embora ainda não haja evidências para confirmar isso.

Variedades de desenvolvimento do Galil.

Os Galil ARM foram adotados pela primeira vez pelas IDF em 1972, embora poucos tenham sido distribuídos por volta do início da Guerra do Yom Kippur de 1973. O Galil ARM (e todas as outras variações) seria mais utilizado durante o conflito no Líbano de 1982, onde serviu como fuzil de serviço primário ao lado do Galil SAR. Embora tenha adotado completamente a série Galil, as IDF continuariam a suprir fuzis M16 em funções de apoio devido ao seu peso mais leve. No final dos anos 90 e início dos anos 2000, o Galil foi amplamente substituído pelos americanos M16 e Carabinas M4, embora o Galil SAR permaneça popular entre as tripulações de veículos blindados por causa do seu tamanho compacto.

Revista Soldado da Fortuna com um israelense portando um Galil ARM.

Das três variações produzidas inicialmente, o ARM (fuzil de assalto e metralhadora) é sem dúvida o mais conhecido. O ARM foi projetado para atender a todas as necessidades básicas do soldado de infantaria das IDF, capaz de disparar com precisão e também de funcionar bem em situações de combate de curta distância. Cada ARM foi equipado com um bipé dobrável e cortador de arame integrados, um conjunto de alça de transporte com abridor de garrafas integrado e um guarda-mão ampliado capaz de armazenar o bipé quando dobrado. O modelo adotado pelas IDF usava um guarda-mão de madeira de teca (em vez de polímero/plástico, que provavelmente superaqueceria e derreteria mais rapidamente) sem previsão de montar baionetas. Os soldados fornecidos com o ARM costumavam remover a alça de transporte para reduzir o peso e o ruído geral, e também ocasionalmente removiam o conjunto do bipé quando em patrulhas. Os modelos posteriores do ARM removeram completamente a alça de transporte e atualizaram o bipé para um modelo de desmontagem rápida para essa finalidade. Embora inicialmente pretendesse usar os carregadores de aço de 50 tiros para funções de supressão de combate, o ARM costumava usar os carregadores de aço de 35 tiros padrão, pois nunca foi totalmente empregado como metralhadora leve no serviço israelense.

Soldado israelense com o Galil ARM.

Embora o ARM não tenha encontrado um afeto generalizado dos israelenses, ele se tornaria popular entre países como Guatemala e Colômbia que compraram muitos deles juntamente com os modelos AR e SAR, e a África do Sul que compraria e mais tarde produziria um Galil ARM modificado chamado R4. O uso do ARM tanto como metralhadora leve (com carregadores de 50 tiros) quanto como DMR era mais comum no exterior, na América Latina e na África. A Estônia também empregaria o ARM em várias funções de infantaria ao lado do AR e SAR, enquanto Portugal compraria um pequeno número de ARM para uso com seus paraquedistas.

Soldado sul-africano com o R4.

Bibliografia recomendada:

A Guerra do Sinai.
Moshe Dayan.

Seis Dias de Guerra: Junho de 1967 e a Formação do Moderno Oriente Médio.
Michael B. Oren.

A Guerra do Yom Kippur.
General Chaim Herzog.

Leitura recomendada: