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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

ENTREVISTA: Contra-Almirante Li Xiaoyan sobre o treinamento dos fuzileiros navais chineses no Deserto de Gobi

Do site Chinanews.com, 18 de janeiro de 2016.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 9 de fevereiro de 2021.

Contra-Almirante: O treinamento de inverno do Corpo de Fuzileiros Navais no Deserto de Gobi é uma prática normal.

PEQUIM, 18 de janeiro (ChinaMil) - Milhares de soldados do Corpo de Fuzileiros Navais e um regimento de operações especiais da Marinha do Exército de Libertação do Povo Chinês (PLA) manobraram quase 6.000km em sete províncias com vários tipos de equipamento de combate no primeiro dia de 2016 para conduzir o treinamento de inverno na Base de Treinamento de Korla, localizada no Deserto de Gobi, na Região Autônoma de Xinjiang Uygur, noroeste da China.

O Contra-Almirante Li Xiaoyan, comandante do treinamento de inverno e vice-chefe do Estado-Maior da Frota do Mar da China Meridional da Marinha do PLA, concedeu uma entrevista exclusiva.

Jornalista: Por favor, apresente o treinamento de inverno brevemente.

Li Xiaoyan: Selecionamos mais de 2.000 soldados do Corpo de Fuzileiros Navais e de um regimento de operações especiais da Marinha do PLA, bem como vários tipos de veículos para participar do treinamento de inverno.

Durante o treinamento, as tropas realizaram um treinamento realista em uma série de assuntos, incluindo operações ofensivas e confronto de tropas reais no Deserto de Gobi sob condições de clima frio extremo, que testou totalmente a capacidade de combate dos fuzileiros navais.

Jornalista: Como você transportou uma tropa tão grande?

Li Xiaoyan: Conforme planejado, os milhares de fuzileiros navais e membros de operações especiais da Marinha do PLA e vários tipos de equipamentos foram transportados para uma base de treinamento em Xinjiang por meio de projeção de tropas multidimensional e 3D, cobrindo rodovias, hidrovias, ferrovias e transporte aéreo. Até agora, esta é a projeção de força de maior distância da Marinha do PLA envolvendo a maioria das abordagens.

Jornalista: O senhor acabou de mencionar que um regimento de operações especiais da Marinha do PLA também participou desse treinamento de inverno. Qual é o significado disso?

Li Xiaoyan: O regimento de operações especiais da Marinha do PLA vem realizando operações especiais, como antiterrorismo marítimo, reconhecimento e operações de sabotagem há muitos anos.

Sua participação em tal treinamento realista no deserto, o qual é muito diferente das condições marítimas com as quais eles estão familiarizados, ajudará a aumentar a capacidade das tropas de operações especiais da Marinha do PLA de realizar várias tarefas, independentemente das restrições regionais, espaciais e climáticas.

Jornalista: O Corpo de Fuzileiros Navais concluiu o treinamento na região fria, no planalto, na floresta e em outras áreas complicadas, e agora chegou ao Deserto de Gobi. Podemos dizer que o Corpo de Fuzileiros Navais é capaz de combate em todo o terreno agora?

Li Xiaoyan: O Corpo de Fuzileiros Navais tem participado sucessivamente do treinamento trans-MAC na Base de Treinamento de Zhurihe, no frio nordeste da China, no planalto e no Deserto de Gobi, e progrediu e acumulou experiências, mas não atingiu a meta de combate em todo o terreno ainda.

Estamos fazendo o possível para progredir e melhorar por meio de treinamentos, de forma a permitir que os fuzileiros navais se adaptem melhor aos diferentes ambientes. Estamos constantemente melhorando sua capacidade de combate em todo o terreno.

Jornalista: Quais são os destaques desse treinamento?

Li Xiaoyan: É um treinamento realista durante todo o tempo. Começando com a projeção de poder, projetamos cenários inimigos, colocamos as tropas em confrontos realistas, cancelamos o treinamento adaptativo anterior e iniciamos diretamente o treinamento de confronto. Este treinamento está mais próximo de um combate real em termos da forma de organização.

Jornalista: Cada vez que o Corpo de Fuzileiros Navais organizava operações trans-MAC, isso chamava muita atenção em casa e no exterior. Alguns meios de comunicação até o descreveram como “tendo segundas intenções”. Qual a sua opinião?

Li Xiaoyan: Isso é um mal-entendido. O padrão de treinamento usual e o tema atual enfrentado por todos os fuzileiros navais ao redor do mundo é o combate todo-o-terreno, incluindo operações de combate em diferentes estações e regiões.

O Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA é um exemplo clássico de operações globais em todos os terrenos e climas. Por meio do "Devil Training" que desafia o limite fisiológico, o treinamento de sobrevivência em campo e o treinamento de combate em florestas, cidades, campos e regiões frias, tempera o corpo forte, a vontade firme e a capacidade de combate em todo o terreno dos fuzileiros navais.

O objetivo de ter o treinamento de inverno no Deserto de Gobi de Xinjiang é melhorar as capacidades e habilidades dos membros de operações especiais da Marinha do PLA, em vez de visar a qualquer problema ou região específica de hotspot. É um treinamento normal do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do PLA.

Jornalista: Que treinamento você acha que o Corpo de Fuzileiros Navais deve realizar a seguir?

Li Xiaoyan: O Corpo de Fuzileiros Navais é uma força todo-o-terreno. No momento, nosso treinamento de inverno ainda está em estágio de aperfeiçoamento, perfeição e exploração, e iremos organizar um resumo auto-reflexivo de cima para baixo após este treinamento.

Dado o vasto território da China, regiões frias, deserto, planalto e floresta são todos "destinos" de nossos exercícios normalizados.

Consideraremos o estabelecimento do mecanismo de coordenação de projeção de poder 3D civil-militar para realizar uma projeção de poder mais eficiente. E exploraremos o caminho do uso de recursos civis e da integração civil-militar para tornar o treinamento mais eficiente.

Além disso, o treinamento realista do Corpo de Fuzileiros Navais deve se desenvolver na direção de um confronto integrado envolvendo mais armas e serviços.

Os autores são Shang Wenbin, Liang Jingfeng e Li Youtao, repórteres do Chinanews.com. Editor: Yao Jianing.

Bibliografia recomendada:




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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

FOTO: Fuzileiro naval no Reservatório de Chosin

Um fuzileiro naval americano carrega sua metralhadora Browning 1919 durante o inverno congelante coreano durante a Batalha do Reservatório de Chosin, em dezembro de 1950.

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terça-feira, 15 de dezembro de 2020

GALERIA: Competição de fuzileiros navais estrangeiros na Rússia

Fuzileiros navais venezuelanos saltando obstáculos.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 15 de dezembro de 2020.

É um longo caminho do Caribe, do Mar da China Meridional e do Golfo, mas ainda assim Venezuela, China e Irã desembarcaram fuzileiros navais na costa do Báltico em agosto de 2019 para uma rodada de jogos de guerra hospedados pela Rússia, que fomentou laços de defesa com os três países.

Eles exibiram sua competência na areia e na água de um campo de testes no enclave de Kaliningrado. Fotos de Vitaly Nevar para a Reuters.

Fuzileiro naval venezuelano negociando a pista de Khmelevka.

O corpo de fuzileiros navais venezuelano tem cerca de 5 mil fuzileiros.

Fuzileiros venezuelanos formando uma escada humana em um poste.

Fuzileiros navais chineses correndo na praia com uma baixa simulada.

As "baixas" são entregues a uma unidade médica russa.

Naval chinês rastejando por debaixo de arame farpado.

O corpo de fuzileiros navais chinês conta com cerca de 20 mil fuzileiros, mas é previsto que se expanda consideravelmente.

Fuzileiros navais iranianos ultrapassando um paredão.

O corpo de fuzileiros navais iraniano conta cerca de 2.600 fuzileiros.

Navais iranianos saltando um obstáculo com arame farpado.

Bibliografia recomendada:

World Special Forces Insignia.
Gordon L. Rottman.

Leitura recomendada:

PINTURA: Assalto anfíbio soviético nas Ilhas Curilas24 de novembro de 2020.

Equipe nº 1 vietnamita no segundo lugar do Grupo 2 no Biatlo de Tanques na Rússia28 de novembro de 2020.

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GALERIA: Exercício conjunto de fuzileiros navais russos e sírios em Tartus18 de fevereiro de 2020.

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FOTO: Fuzileiro naval com lança-chamas28 de setembro de 2020.

sábado, 12 de dezembro de 2020

VÍDEO: O Brasil poderia tomar a Guiana Francesa?

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 12 de dezembro de 2020.

O canal de análises militares Binkov's Battlegrounds, apresentado pela marionete Camarada Binkov, publicou ontem (11/12/2020) um vídeo de análise sobre uma hipotética invasão brasileira à Guiana Francesa, com a reação da França e com o possível desenrolar da guerra com os meios militares de cada um.

A análise segue o procedimento de jogos de guerra, com a distinção dos "players" (jogadores, os combatentes), os objetivos e os meios; estes são o número de tropas no local, número disponível de tropas a serem movidas para o teatro, meios de transporte e equipamentos. Os equipamentos variam em qualidade mas são adotados como em condições de operação. Armas nucleares francesas e aliados para ambos foram excluídos.

Resumidamente, ambos os lados teriam dificuldades em mover tropas para o teatro de operações (TO) e os combates seriam de pequenas unidades na selva, com intervenções de artilharia e aviação. O Brasil iniciou a invasão com um assalto paraquedista de forças especiais e paraquedistas tomando o aeroporto de Caiena, se beneficiando de superioridade local. Essa força inicial seria reforçada por fuzileiros navais e tropas do exército aerotransportadas para a região. A marinha francesa moveria uma força-tarefa anfíbia para o Caribe, onde possui ilhas, e tomaria as águas ao redor, sendo incomodada por sortidas de submarinos brasileiros.

Legionários da 2ª companhia do 3e REI com o míssil AAe Mistral durante o lançamento do foguete Ariane 5 em Kourou, na Guiana Francesa, em 17 de novembro de 2016.

Os franceses lançariam paraquedistas na Guiana e estes seriam reforçados por desembarques anfíbios de fuzileiros apenas marginalmente mais equipados que os paraquedistas. Uma discussão interessante foi o uso de carros de combate na selva pelos dois lados, assim como artilharia auto-propulsada (o que Binkov nota, o Brasil estaria em vantagem). Uma coisa que Binkov não notou foi o uso de carros de combate sobre rodas, o que é comum nos dois exércitos.

A aviação francesa teria superioridade aérea no mar e sobre o TO, mas não conseguiriam manter um guarda-chuva anti-aéreo o tempo todo e as forças francesas seriam incomodadas por bombardeiros à hélice fazendo sortidas ocasionais. A marinha brasileira seria obliterada e a sua força aérea reduzida à metade, mas o território permaneceria nas mãos brasileiras.

O veredicto foi a França tomando todas as ilhas brasileiras no saliente nordestino mas perdendo a Guiana para o Brasil. Esse resultado é muito otimista e assume que os brasileiros não teriam problemas de suprimentos, mas é provável que os militares brasileiros teriam dificuldade em negociar suas próprias linhas internas, demorando para trazer reforços e suprimentos (comida, munição, peças de reposição, etc) para o campo de batalha. Já a França, trazendo material pelo mar com depósitos posicionados na Martinica teria um acesso mais fácil. Seria interessante que o Camarada Binkov fizesse um segundo vídeo tratando das considerações logísticas de ambos os combatentes.

Vídeo:


A França como adversária do Brasil

Essa idéia veio com a publicação do Livro Branco da Defesa de 2020 que apontou a França como a principal ameaça ao Brasil na região. Essa decisão ecoou no mundo todo, trazendo surpresa à França, que sempre viu o Brasil como aliado. O anúncio não foi tomado como uma agressão vinda do Brasil e não teve maiores repercussões exceto uma "guerra de memes" na internet.

A última vez que o Brasil teve problemas diplomáticos reais com a França foi na "Guerra da Lagosta", uma ocasião onde as duas marinhas se encararam e uma marinha brasileira quase incapaz de fazer a navegação de cabotagem do Rio de Janeiro para o nordeste conseguiu defender os interesses nacionais pelo blefe. A última vez onde forças brasileiras de fato chegaram "às vias de fato" com os franceses foi na intrusão francesa no Amapá, em 1895. Tropas francesas comandadas pelo Capitão Lunier invadiram território brasileiro, sendo repelidos pelo general honorário do exército brasileiro Francisco Xavier da Veiga Cabral. Após a defesa do Amapá, Veiga Cabral se tornou um dos maiores heróis da história do estado. Na época, uma frase foi dita que acabou marcando o sentimento do povo do Amapá em relação a Veiga Cabral:

“Se é grande o Cabral que nos descobriu, maior é o Cabral que nos defendeu!”

Um enfrentamento de maior relevância ocorreu na invasão da Guiana Francesa em 1809, no âmbito das Guerras Napoleônicas. Nessa ocasião, a Brigada Real da Marinha desembarcou nas praias da Caiena, capital da então colônia francesa, sendo seguida por regulares da colônia brasileira e tropas portuguesas e britânicas, ocupando a Guiana Francesa até 1817.

Desembarque em Caiena, 1809.
Óleo sobre tela de Álvaro Martins.
Essa operação é considerada o batismo de fogo dos Fuzileiros Navais do Brasil.

As forças luso-brasileiras na operação contaram 550 fuzileiros navais (fuzileiros-marinheiros da Brigada Real da Marinha) e 2.700 regulares do exército colonial, e parte da guarnição de marinheiros e fuzileiros navais britânicos do HMS Confiance, enfrentando a pequena guarnição francesa de 450 regulares e 800 milicianos.

Depois das Guerras Napoleônicas, o Brasil e a França têm uma história de estreita amizade, desde o reconhecimento do Brasil por Paris logo cedo até três missões militares de instrução francesas no Brasil (duas na Força Pública de São Paulo e uma no Exército Brasileiro). Aliados nas duas guerras mundiais, a França novamente mandou equipes de instrução durante o regime militar, até mesmo o Brasil recebendo o General de Gaulle durante o governo Castello Branco. 

Os dois países também vêm de uma longa história de compras militares e exercícios conjuntos (especialmente entre as duas marinhas). Culturalmente, a França vê o Brasil como o país sul-americano mais interessante e trata com surpresa os turistas brasileiros na França. O Brasil, sempre muito ligado à cultura francesa, vê a França como um país de sofisticação e progresso.

Uma fonte de estudo interessante é o livro do General Aurélio de Lyra Tavares sobre as relações dos dois países até a década de 1970.

Bibliografia recomendada:

Brasil França: Ao longo de 5 séculos.
General A. de Lyra Tavares.

Leitura recomendada:

O Estado-Maior Brasileiro considera a França a principal ameaça militar até 20409 de fevereiro de 2020.

PINTURA: Desembarque anfíbio em Caiena, 18094 de fevereiro de 2020.

FOTO: 14ª Reunião de Estados-Maiores entre o Brasil e a França2 de maio de 2020.

FOTO: Equipe de míssil anti-aéreo Mistral durante o lançamento do foguete Ariane 515 de janeiro de 2020.

A geopolítica do Brasil entre potência e influência13 de janeiro de 2020.

Relatório Pós-Ação de participação na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército Brasileiro5 de janeiro de 2020.

Legionários e gendarmes destruíram um grande acampamento de garimpeiros ilegais na Guiana7 de abril de 2020.

Chineses buscam assistência brasileira com treinamento na selva9 de julho de 2020.

VÍDEO: Estágio Jaguar na Guiana Francesa19 de setembro de 2020.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

GALERIA: Manobra dos Fuzileiros Navais russos em Kaliningrado

Exercício dos fuzileiros navais da 336ª Brigada de Infantaria Naval, subordinada à Frota do Mar Báltico, no enclave de Kaliningrado, 10 de novembro de 2020.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 11 de novembro de 2020.

Kaliningrado é a capital do oblast russo também chamado Kaliningrado, um enclave russo entre a Polônia e a Lituânia, à beira do Mar Báltico. Fundada em 1255 pelos Cavaleiros Teutônicos sob o nome de Königsberg ("montanha do rei"), a cidade foi, de 1466 a 1656, parte da Polônia. Também foi a capital da Prússia Oriental e, a partir de 1871, fez parte do Império Alemão.

Famosa por ter tido entre os seus habitantes o filósofo Immanuel Kant, a cidade também é célebre pelo problema das sete pontes de Königsberg, resolvido por Euler em 1736.
Seu nome atual é uma homenagem ao revolucionário bolchevique Mikhail Kalinin.

No fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, a cidade foi anexada pela União Soviética como parte da República Socialista Federativa Soviética da Rússia, enquanto se aguardava a decisão definitiva sobre questões territoriais (incluindo a partição da antiga Prússia Oriental) que viria no acordo de paz, valendo até lá o que fora decidido pelos Aliados participantes da Conferência de Potsdam: União Soviética, Estados Unidos e Grã-Bretanha.

Königsberg foi renomeada Kaliningrado em 1946 após a morte do Presidente do Presidium do Soviete Supremo da URSS, Mikhail Kalinin, um dos bolcheviques originais. A população alemã sobrevivente foi expulsa da área, entre 1946 e 1949, e a cidade foi repovoada por cidadãos soviéticos. A língua alemã foi substituída pela língua russa. Em 1957 foi firmado um acordo, que passaria a vigorar posteriormente, delimitando a fronteira entre a Polônia e a União Soviética.

A cidade, que fora devastada pelos bombardeios britânicos durante a Guerra, foi reconstruída. Por ser o território mais ocidental da URSS, o Oblast de Kaliningrado tornou-se uma área estrategicamente importante durante a Guerra Fria. A Frota do Báltico (soviética) permaneceria em Kaliningrado, ao longo dos anos 1950, e, por sua importância estratégica, a cidade foi fechada a visitantes estrangeiros.





















Bibliografia recomendada:

Storm Landings:
Epic amphibious Battles in the Central Pacific.
Cel. Joseph H. Alexander, USMC (Ref.).

Leitura recomendada:



terça-feira, 3 de novembro de 2020

domingo, 1 de novembro de 2020

PERFIL: Primeira mulher piloto dos Fuzileiros Navais Sul-Coreanos

A Capitã Sang-ah Cho, a primeira mulher do Corpo de Fuzileiros Navais a realizar uma missão como piloto de helicóptero em 31 de outubro de 2020, tirando uma foto comemorativa em frente ao Marineon, 1º Batalhão de Aviação, 1ª Divisão de Fuzileiros Navais,.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 1º de novembro de 2020.

A capitã Cho Sang-ah (27 anos, distrito escolar 62), comissionada em 2017 como oficial de logística, tornou-se a primeira mulher piloto de helicóptero do Corpo de Fuzileiros Navais da República da Coréia (ROKMC, Coréia do Sul, fundado em 1949) após se inscrever no treinamento de aviação. Ela então completou 9 meses de treinamento de vôo e ganhou suas asas em 23 de outubro de 2020. Ela é a primeira mulher piloto nos 65 anos de existência da aviação do ROKMC, criada em 1955.

Cho agora está designada para o 1º Esquadrão de Helicópteros de Fuzileiros Navais e pilota o helicóptero utilitário Marineon (KAI KUH-1 Surion, MUH-1).

Desde o colégio, a Capitã Cho sonhava em se tornar piloto de aeronave e começou sua carreira militar na 1ª Divisão de Pohang como comandante de pelotão de munição militar. "Depois de participar de vários exercícios anfíbios, fui atraído pela força da aviação desempenhando um papel fundamental no desempenho da missão da força anfíbia, o que se tornou uma oportunidade para eu me candidatar como oficial de aviação este ano", disse a Capitã Cho.

Depois de completar o curso de treinamento de piloto de 9 meses consistindo de cursos básicos e avançados no esquadrão de treinamento, ela deu seus primeiros passos como piloto. No currículo, cerca de 80 horas de treinamento de vôo, incluindo decolagem e pouso, e vôo estacionário, bem como os conhecimentos básicos necessários para um piloto, como princípios de vôo, controle de tráfego aéreo e aeronaves, foram sistematicamente treinados com o acompanhamento de instrutores especialista. Ela disse: “Consegui superar as dificuldades do currículo pensando que poderia me tornar uma pessoa melhor do que ontem e me tornar a melhor piloto de helicóptero do Corpo de Fuzileiros Navais”.

Ela acrescentou: “Em vez de se preocupar com a filha que está trilhando o caminho de um soldado, meus pais e minha família estão sempre me apoiando”, disse ela. “Com o orgulho de ser a primeira mulher piloto de helicóptero no Corpo de Fuzileiros Navais, a competência necessária para ser capaz de completar qualquer missão concedida, eu me tornarei um piloto do Corpo de Fuzileiros Navais como uma ponta de lança”. Disse a Capitã Cho em referência a ser uma pioneira.

Enquanto isso, o Corpo de Fuzileiros Navais treina pilotos, mecânicos e controladores todos os anos para estabelecer a equipe de aviação e planeja construir um conhecido corpo de fuzileiros navais capaz de operações tridimensionais de pouso em alta velocidade por meio da equipe de aviação.

Bibliografia recomendada:

A Mulher Militar:
Das origens aos nossos dias.
Raymond Caire

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Os carregadores helicoidais de AK norte-coreanos27 de setembro de 2020.

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