terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

6 fatos selvagens sobre o criador mortal da SEAL Team Six


Por Blake Stilwell, We Are The Mighty, 30 de agosto de 2018.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 25 de fevereiro de 2020.

Atualmente, Richard Marcinko é instrutor de negócios, autor e palestrante motivacional. Nos seus primeiros anos, "Demo Dick" era o principal operador de contraterrorismo dos Estados Unidos. Marcinko se alistou na Marinha dos EUA em 1958 e, finalmente, subiu ao posto de comandante, formou-se em relações internacionais e ciência política e ganhou 34 medalhas e citações, incluindo uma Estrela de Prata, a Legião do Mérito e quatro Estrelas de Bronze. Mas esse é apenas o currículo militar dele.

Mesmo entre as fileiras de operadores especiais americanos, Marcinko, seu registro e sua reputação são todos excepcionais - e é fácil entender por que. Aos 77 anos, ele ainda está treinando executivos de negócios e equipes de resgate de reféns nos EUA e no exterior. Ele até trabalhou como consultor no programa de televisão 24 Horas da FOX. Seu livro de memórias, Rogue Warrior, é um best-seller do New York Times.

Rogue Warrior.

"Sou bom em guerra", disse Marcinko uma vez à revista People. "Mesmo no Vietnã, o sistema me impediu de caçar e matar tantos inimigos quanto eu gostaria."

1. O Vietnã do Norte tinha uma recompensa sobre a sua cabeça

Como comandante de pelotão no Vietnã, Marcinko e seus SEALs tiveram tanto sucesso, que o Exército do Vietnã do Norte (NVA) tomou conhecimento. Seu ataque à ilha Ilo Ilo foi considerado a operação SEAL de maior sucesso no Delta do Mekong. Durante sua segunda turnê, Marcinko e a SEAL Team Two (Equipe SEAL 2) se uniram às Forças Especiais do Exército durante a Ofensiva do Tet em Chau Doc. Os SEALs resgataram o pessoal do hospital apanhado no fogo cruzado enquanto uma verdadeira pancadaria urbana total acontecia com furor ao redor deles.

Por causa da ousadia e sucesso de Marcinko, o NVA colocou uma recompensa de 50.000 piastres sobre sua cabeça, pagável a qualquer pessoa que pudesse provar que matou o líder SEAL. Obviamente, eles nunca pagaram essa recompensa.

2. Ele foi rejeitado pelo Corpo de Fuzileiros Navais


Marcinko se juntou às forças armadas aos 18 anos, mas, surpreendentemente (para alguns), ele não optou primeiro por se juntar à Marinha. Sua primeira parada foi no Corpo de Fuzileiros Navais, que o rejeitou completamente porque não tinha se formado no colegial. Então Marcinko, que partiria como comandante, se alistou na Marinha. Mais tarde, ele se tornou um oficial depois de se formar na escola de pós-graduação da Marinha, recebendo sua comissão em 1965.

3. Ele projetou a operação de contraterrorismo da Marinha


Você sabe que teve sucesso quando eles criam um videogame sobre sua história de vida.


Após o trágico fracasso da Operação Garra de Águia (Operation Eagle Claw, 1980), a tentativa dos EUA de libertar reféns mantidos por estudantes no Irã, a Marinha dos EUA e sua estrutura de operações especiais decidiram que precisavam de uma revisão. Marcinko foi um dos que ajudaram a projetar o novo sistema. Sua resposta foi a criação da SEAL Team Six.

4. Ele numerou sua Equipe SEAL "Seis" para enganar os russos

Quando ele estava criando a mais nova Equipe SEAL, os Estados Unidos e a União Soviética estavam presos na Guerra Fria - e havia espiões por toda parte. Não confiando que alguém manteria em segredo a criação de sua nova unidade, ele a classificou como SEAL Team Six (Equipe SEAL Seis), a fim de enganar a KGB levando-a a acreditar que havia mais três equipes SEAL que eles desconheciam.

5. Seu trabalho era se infiltrar em bases - bases americanas


A Marinha precisava saber onde estavam suas sensibilidades operacionais - onde estavam mais fracas. Mesmo nas áreas em que a segurança era mais rigorosa, a Marinha estava desesperada para saber se poderiam se infiltrar. Então, o Vice-Almirante James Lyons encarregou Marcinko de criar outra unidade.

Marcinko criou a Equipe de Coordenação de Segurança Naval OP-06D (Naval Security Coordination Team OP-06D), também conhecida como Red Cell (Célula Vermelha), uma unidade de 13 homens. Doze vieram da SEAL Team Six e o outro da Marine Force Recon (Força de Reconhecimento dos Fuzileiros Navais, hoje Raiders). Eles deveriam invadir áreas seguras, submarinos nucleares, navios da Marinha e até o Air Force One (Força Aérea Um, o avião presidencial). A Red Cell era capaz de se infiltrar e sair sem ser notada. O motivo? O pessoal militar de serviço foi substituído por guardas civis de segurança.

6. Ele passou 15 meses na prisão

No final de sua carreira, ele se envolveu no que a Marinha chamou de "escândalo da comissão", alegando que Marcinko conspirou com um traficante de armas do Arizona para receber US$ 100.000 por garantir um contrato do governo para granadas de mão. Marcinko sustentava que essa acusação era o resultado de uma caça às bruxas, uma reação negativa por expor tantas vulnerabilidades e embaraçar os oficiais mais graduados da Marinha. Ele cumpriu 15 meses de uma sentença de 21 meses.

Bibliografia recomendada:

SEALs:
The US Navy's elite fighting force.
Mir Bahmanyar com Chris Osman.

Leitura recomendada:

2 comentários:

  1. Durante essa infiltração de bases americanas, ele conseguiu estacionar uma picape com cerca de 600kg de explosivos ao lado do Air Force One no momento em que o Reagan desembarcava. Ele também foi o que pela primeira vez incorporou ao uniforme operacional joelheiras e cotoveleiras de "skatista". Segundo ele conta no documentário, ele estava passeando na praia com uma namorada quando viu rapazes andando de skate e caindo sem maiores problemas, protegidos por estes acessórios como também por capacetes Pro-Tec, ele então teve a idéia de incorporar esses itens ao uniforme e deram muito certo.

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