segunda-feira, 28 de setembro de 2020

FOTO: Fuzileiro naval com lança-chamas

Exercício do Núcleo da 1ª Divisão de Fuzileiros Navais (futuro Batalhão Riachuelo) com a utilização de lança-chamas na Pedreira do Bananal, na Ilha do Governador, em 8 de maio de 1963.

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FOTO: Encontro dos criadores do AK-47 e do M16

Encontro histórico dos projetistas de armamentos Mikhail Kalashnikov, criador do AK-47, e Eugene Stoner, criador do AR-­15 (M16), no aeroporto internacional de Dulles, nas cercanias de Washingtong DC, na Virgínia, no dia 15 de maio de 1990.


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Instrutores de tiro de combate do Exército Francês treinam com o AK-47 Kalachnikov, 16 de janeiro de 2020.

Micro Tavor VS M4/M165 de março de 2020.

FOTO: Policial iraquiano com AK47, 25 de fevereiro de 2020.

O fuzil de infantaria principal de vida mais curta da América - O M14, 14 de março de 2020.

GALERIA: Os fuzis AK-74M da Síria, 29 de agosto de 2020.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O CALIBRE 5,56 MM: As tropas americanas estão sob risco?, 19 de setembro de 2019.

FOTO: Morteiros na República Centro-Africana

 

Legionários paraquedistas do grupo de morteiros do do 2e REP (2e Régimento Étranger de Parachutistes) riposta com um morteiro 81mm na vila de Batangafo, República Centro Africana, em 4 de agosto de 2014.

Estes homens são do Groupement Tactique Interarmes (GTIA) de Boissieu, parte da Force Sangaris.

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O Estilo de Guerra Francês12 de janeiro de 2020.

O que um romance de 1963 nos diz sobre o Exército Francês, Comando da Missão, e o romance da Guerra da Indochina12 de janeiro de 2020.

FOTO: O 14 de Julho no Djibouti, 14 de junho de 2020.

COMENTÁRIO: Quando se está no deserto...29 de agosto de 2020.

GALERIA: Grupamento de Comandos de Montanha no Mali14 de maio de 2020.

A China está preenchendo a lacuna do tamanho da África na estratégia dos EUA14 de março de 2020.

Como a China viu a intervenção da França no Mali: Uma análise, 14 de março de 2020.

SFAB do Exército enfrentará condições difíceis durante a missão na África27 de fevereiro de 2020.

domingo, 27 de setembro de 2020

As forças russas estão agora na Bielo-Rússia

Por Frederick Kagan, The Hill, 25 de setembro de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 27 de setembro de 2020.

A cobertura limitada da crise na Bielo-Rússia após a eleição fraudulenta do presidente Alexander Lukashenko no mês passado perde o enredo. Os líderes europeus, com razão irritados com sua repressão violenta contra manifestantes pacíficos, estão agindo para pressioná-lo a renunciar ou negociar com a oposição. Reportagens ocidentais escrevem que Lukashenko “apela” ao presidente Vladimir Putin “para ajudá-lo a restaurar a ordem”, marcando o que é uma mudança brusca de sua oposição anterior ao envolvimento russo em seu país.

Mas não foi o que realmente aconteceu. Putin aproveitou os problemas de Lukashenko para obrigar o ditador bielo-russo a ceder às suas exigências de integração com a Rússia. Portanto, 1.000 forças aerotransportadas russas já estão na Bielo-Rússia conduzindo esses exercícios com forças bielo-russas. Putin e Lukashenko prometeram exercícios mensais daqui pra frente. A presença militar russa na Bielo-Rússia já começou.

Não há dúvida de que Lukashenko é um ditador. Ele roubou as eleições mais recentes, reprimiu manifestantes pacíficos e expulsou ou prendeu líderes da oposição. Lukashenko merece ser sancionado e punido pela comunidade internacional. Os líderes ocidentais devem agora apoiar o povo bielo-russo e exigir eleições mais transparentes e monitoradas como condição para reconhecer um governo legítimo em Minsk. As declarações americanas e europeias sobre a Bielo-Rússia não estão erradas, mas se concentram em uma das várias questões de segurança nacional.

Lukashenko se esforçou ao longo da crise que criou para evitar que a Rússia o "ajudasse", como documentaram os analistas que aconselho no Instituto para o Estudo da Guerra (Institute for the Study of War). Às vezes, ele rechaçou as caracterizações da mídia russa sobre a situação na Bielo-Rússia como fora de controle e motivada por conspirações da OTAN. Ele evitou cuidadosamente aceitar as repetidas ofertas de Putin para enviar forças de segurança, que a Rússia já declarou ter mobilizado e está pronta para "ajudar".

Putin e Lukashenko.

Mas é difícil recusar a “ajuda” da Rússia. O avião governamental do diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB), semelhante à Agência Central de Inteligência (CIA), vôou para Minsk. Depois de cada visita, Lukashenko mudou sua retórica para se igualar a Moscou, e a “ajuda” russa chegou, inclusive na forma de membros da mídia russa que ocuparam o lugar de trabalhadores em greve nos meios de comunicação estatais bielo-russos. Mas Lukashenko continuou a atrasar a conclusão do processo de integração da Bielorrússia com a Rússia em uma entidade chamada Estado da União, que efetivamente transferiria a soberania bielo-russa para o controle russo. Putin evidentemente se cansou dos atrasos e chamou Lukashenko para uma reunião em Sochi na semana passada.

As leituras daquela reunião observaram o progresso no avanço de uma integração à qual Lukashenko sempre resistiu, incluindo mudanças em um exercício militar programado que havia sido adiado. Em vez disso, Putin e Lukashenko anunciaram que os exercícios seriam realizados até hoje e que os dois países realizariam exercícios militares adicionais a cada mês. Aquela conversa em Sochi certamente não foi um encontro de mentes, mas sim Putin explicando os fatos da vida a Lukashenko.

Elementos de um batalhão aerotransportado russo chegaram à Bielo-Rússia no dia seguinte à reunião. O Ministério da Defesa da Rússia anunciou então que uma “segunda fase” de exercícios começaria esta semana. Elementos de um segundo batalhão aerotransportado russo chegaram prontamente, transportando o comandante militar das forças aerotransportadas russas e, em seguida, um terceiro batalhão aerotransportado russo. Cerca de 1.000 forças russas estão, portanto, exercitando-se com forças bielo-russas em Brest, na fronteira com a Polônia, e em Grodno, perto da fronteira com a Lituânia, até quase o final do mês com a promessa de que as forças russas retornarão em outubro, assumindo as que agora estão lá sair.

300 soldados da Divisão Aerotransportada Pskov na Bielo-Rússia em 13 de setembro de 2020.

O enquadramento desses exercícios não é normal. Eles ocorrem durante uma crise na Bielo-Rússia que incluiu o envio de forças bielo-russas para se defender da suposta “intervenção” da OTAN nos assuntos internos e intimidar aqueles que participam dos protestos. Lukashenko referiu-se à necessidade de ampliar os exercícios por causa da “situação aguda” do país, sugerindo que eles estão de alguma forma relacionados ao suposto movimento contra ele. Sua única relação real com esses protestos é a influência política que a crise deu a Putin para forçar sua assistência fraternal a Minsk.

Esses exercícios podem facilmente se transformar em uma presença militar russa quase contínua na Bielo-Rússia e no estabelecimento de bases russas permanentes lá. Tal desenvolvimento representaria uma séria ameaça à capacidade dos países da OTAN de defender os Estados Bálticos contra a subversão russa. Na verdade, Putin pretende criar uma impressão para os países da OTAN de que sua defesa dos Estados Bálticos é arriscada e cara, criando condições para que a Rússia ganhe a suserania sobre eles sem travar uma guerra.

O envio de unidades militares russas para a Bielo-Rússia em grande escala reforça essa impressão. Mesmo o estacionamento limitado de avançados sistemas de defesa russos e outras capacidades militares na Bielo-Rússia, que Putin exigiu e Lukashenko até agora recusou, poderia reduzir efetivamente a confiança na capacidade da OTAN de defender seus membros mais vulneráveis.

Soldados americanos e poloneses durante o exercício Europe Defender 2020 no aeródromo de Ziemsko, na Polônia, em 11 de março de 2020.

Os Estados Unidos e a OTAN não podem manter as forças russas fora da Bielo-Rússia. As sanções não impedirão Putin de reivindicar esse prêmio. Em vez disso, os líderes ocidentais devem tomar medidas visíveis para garantir aos Estados bálticos que eles podem cumprir os compromissos da aliança para defendê-los. Os Estados Unidos deveriam suspender movimentos para retirar mais forças americanas da Europa. Deve deslocar uma brigada para o nordeste da Polônia, em acordo com Varsóvia. Isso garantiria a linha de comunicação que as forças russas enfraqueceriam. Deve haver mais suprimentos e equipamentos nos países bálticos para permitir que as forças da OTAN resistam às operações militares russas por meses, mesmo que as linhas de abastecimento do resto da Europa sejam cortadas.

A Rússia retratará todas essas ações como provocações. Elas não são. As forças russas na Bielo-Rússia representariam uma ameaça dramaticamente maior à capacidade da OTAN de defender seus membros. O reposicionamento das forças para enfrentar essa ameaça é defensivo. Não iniciará uma guerra a menos que Putin tenha decidido atacar os membros da OTAN, e pode muito bem deter um. Isso não é isento de riscos e custos. Mas seria uma resposta comedida ao desafio de Moscou. Devemos agir sobre isso agora. Do contrário, poderíamos descobrir nos próximos meses ou anos que perdemos a vontade antes mesmo de perdermos a capacidade de defender aqueles cuja liberdade nos comprometemos solenemente a preservar.

Frederick Kagan é diretor do Projeto de Ameaças Críticas e é um acadêmico residente do American Enterprise Institute. Ele aconselha a equipe da Rússia no Instituto para o Estudo da Guerra, em cujas pesquisas esta coluna se baseia.

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FOTO: T-72 georgiano decapitado23 de setembro de 2020.

Dez sugestões para uma "Estratégia da Rússia" para o Reino Unido24 de setembro de 2020.

Compreenda a doutrina russa por meio da cultura militar soviética, 11 de setembro de 2020.


A intervenção russa em Ichkeria, 16 de agosto de 2020.


FOTO: Desembarque durante a Operação Escudo do Deserto

 

Desembarque de carros AMX 30 B2 do 4º Régiment de Dragons, parte da Divisão Daguet, do navio "Saint Romain" em Yanbu, na Arábia Saudita, fevereiro de 1991.

Bibliografia recomendada:


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FOTO: Furão no Golfo, 26 de setembro de 2020.

Os carregadores helicoidais de AK norte-coreanos

Soldados das forças especiais norte-coreanas marcham durante um desfile militar que marca o 105º aniversário do nascimento do pai fundador do país, Kim Il Sung, em Pyongyang, Coreia do Norte, em 15 de abril de 2017. (Reuters).

Pela Equipe do Oryx Blog, Armament Research Services (ARES), 4 de fevereiro de 2018.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 27 de setembro de 2020.

Vários novos desenvolvimentos em armamentos norte-coreanos podem ser testemunhados entre o recente fluxo de propaganda lançada por Pyongyang após a ascensão de Kim Jong-un ao poder. Um desses desenvolvimentos é o que parece ser um novo modelo de carregador para a cópia norte-coreana do AK-74, o Tipo 88. Esta novo carregador usa um projeto de hélice escalonada, que permite um grande número de cartuchos de 5,45x39mm a serem carregados sem os notáveis aumentos de tamanho e dificuldade de manuseio que caracterizam muitos outros carregadores de alta capacidade.

Foto do periódico italiano il Giornale.

Até agora, os únicos usuários deste carregador helicoidal parecem ser os guarda-costas pessoais de Kim Jong-un (e anteriormente de Kim Jong-il). Enquanto na foto acima cada guarda-costas parece estar carregando apenas um carregador (o que, dada sua alta capacidade, não é tão surpreendente), a outra, anterior, mostra uma carga de dois carregadores sobressalentes para cada guarda-costas, como pode ser visto abaixo. Os carregadores parecem estar em serviço desde 2010, e possivelmente antes.

Imagrem de um documentário oficial norte-coreano lançado em 2011, intitulado “Sucedendo o Grande Trabalho da Primeira Revolução Militar”.

O Tipo 88 norte-coreano é geralmente visto com carregadores padrão de 30 tiros e, além da coronha fixa padrão de madeira ou sintético, uma coronha dobrável lateral ou superior (ilustrada). Duas notáveis distinções diferenciam o desenho helicoidal norte-coreano de outros carregadores helicoidais que foram desenvolvidos. Primeiro, e talvez o mais óbvio, este carregador foi desenvolvido para um calibre de fuzil maior e mais poderoso do que os modelos existentes. Os carregadores helicoidais existentes são tipicamente desenvolvidos para armas de calibre de pistola, com desenhos produzidos em calibres como 7,62x25, 9x17SR (.380 ACP), 9x18 e 9x19mm.

Em segundo lugar, enquanto outros carregadores helicoidais normalmente foram desenvolvidos em conjunto com as armas de fogo destinadas a usá-los, o exemplar norte-coreano recente foi produzido para uso com uma arma existente, parecendo fazer uso do terminal de baioneta para montagem. A coronha dobrável na parte superior, outra inovação norte-coreana, permite que a coronha seja dobrada com o carregador inserido, o que não seria possível com as típicas coronhas do AK dobráveis na lateral ou por baixo. Tanto a Rússia quanto a China desenvolveram protótipos de carregadores helicoidais para armas padrão AK, mas estas não foram documentadas em serviço.

A natureza do projeto de pós-produção e a complexidade inerente dos carregadores helicoidais (quando comparados com um carregador típico tipo cofre) sugere que, embora esses carregadores ofereçam uma capacidade de cartuchos muito maior, eles podem tornar a arma mais sujeita a mau funcionamento e falhas de tiro. Não se sabe se carregadores semelhantes foram desenvolvidos para outros calibres, ou em que medida o carregador helicoidal foi integrado ao Exército Popular Coreano.

Especificações do carregador

As especificações a seguir são estimadas com base em medições extrapoladas de dimensões conhecidas, bem como uma comparação com carregadores helicoidais existentes. Eles representam o "melhor palpite" do autor no momento.

  • Calibre: 5,45 x39mm
  • Capacidade: 100 a 150 cartuchos
  • Peso: aproximadamente 2kg
  • Comprimento: aproximadamente 370mm
  • Diâmetro: aproximadamente 85mm

Bibliografia recomendada:

The Armed Forces of North Korea:
On the path of Songun.
Stijn Mitzer e Joost Oliemans.

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VÍDEO: Soldados norte-coreanos reagem à vida dos soldados do Exército Americano, 11 de setembro de 2020.

A Coréia do Norte pode estar preparando um teste de míssil balístico lançado por submarino6 de setembro de 2020.

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O Batalhão Francês da ONU na Coréia - Lições Aprendidas15 de julho de 2020.

Forças aéreas asiáticas recrutam mulheres pilotos de caça19 de fevereiro de 2020.

O plano do Corpo de Fuzileiros Navais para livrar-se dos tanques pode sobrecarregar o Exército

 

Fuzileiros navais americanos do 2º Batalhão de Tanques, 2ª Divisão de Fuzileiros Navais, seguem trilhas de tanques em Camp Lejeune, Carolina do Norte, 27 de julho de 2020. (Patrick King/ USMC)

Por Gina HarkinsMilitary.com, 31 de julho de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 26 de setembro de 2020.

O Corpo de Fuzileiros Navais está em processo de se livrar dos seus tanques em preparação para possíveis missões de salto-de-ilhas no Pacífico, mas a mudança pode levar a uma divisão entre as Forças se o Exército for encarregado de preencher a lacuna, alertaram especialistas de defesa esta semana.

Algumas companhias de tanques do Corpo de Fuzileiros Navais arriaram suas bandeiras, encerrando missões de décadas como parte de um redesenho de Força completo. A Companhia Charlie, 2º Batalhão de Tanques, foi a última unidade blindada a ser fechada esta semana em uma cerimônia em Camp Lejeune, Carolina do Norte.

Os tanques M1A1 Abrams da campanhia foram retirados na segunda-feira. Algumas semanas antes, membros do 1º Batalhão de Tanques deram adeus a seus tanques em Twentynine Palms, na Califórnia.

Fuzileiros navais americanos da Companhia A, 4º Batalhão de tanques, 4ª Divisão de Fuzileiros Navais, se preparam para realizar seu ajuste de pontaria no Estande 500 durante o Exercício de treinamento integrado 4-19 no Marine Corps Air Ground Combat Center (MCAGC), Twentynine Palms, Califórnia, 9 de junho de 2019. (Preston Morris/ USMC)

A mudança deixou muitos sentimentos confusos, incluindo dois fuzileiros navais aposentados que expressaram sua opinião durante um evento virtual organizado pelo conservador Heritage Foundation, conhecido como "Redesenhando o Corpo de Fuzileiros Navais para a Guerra do Futuro: Necessidade ou Loucura?"

"O Corpo de Fuzileiros Navais gosta de pensar em si mesmo como uma espécie de canivete suíço", disse o coronel fuzileiro naval aposentado Mark Cancian, conselheiro sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais. "Mas este será um canivete suíço cujo dono arrancou algumas lâminas porque acha que não vai mais precisar delas."

Cancian e o tenente-coronel aposentado Frank Hoffman, distinto pesquisador da National Defense University, disseram que há coisas que eles gostam no plano do comandante dos Fuzileiros Navais, General David Berger, de remodelar a força em preparação para conflitos futuros com adversários mais habilidosos.

Muitas das mudanças estão vinculadas à Estratégia de Defesa Nacional, disse Hoffman. E os investimentos em fogos de precisão de longo alcance e navios anfíbios menores seriam necessários caso o conflito com a China ocorresse, acrescentou Cancian.

Mas ambos dizem que estão preocupados com a decisão de cortar totalmente os tanques do arsenal dos fuzileiros navais.

“Eu ouvi o Corpo de Fuzileiros Navais argumentar que eles podem obter essas capacidades ausentes de outras forças, particularmente do Exército. Mas acho que isso é improvável”, disse Cancian. "Eu acho que, se o Corpo de Fuzileiros Navais quisesse esses recursos, um comandante combatente teria que tirá-los do Exército, o que geraria uma dura luta entre-Forças".

O Tenente-General Eric Smith, chefe do Comando de Desenvolvimento de Combate do Corpo de Fuzileiros Navais, disse ao Military.com no início deste ano que, como força de "luta hoje à noite" da nação, os fuzileiros navais precisam viajar com a maior facilidade possível.

“Existem outras forças dentro do Departamento de Defesa, porque fazemos parte de uma força conjunta, que pode trazer... o punho grande e pesado”, disse Smith. “Por exemplo, o Exército, acredito, tem 37 batalhões de tanques, então estamos bem cobertos com tanques”.

Hoffman disse que ainda não se sabe se os planos do Corpo de Fuzileiros Navais se encaixam em uma estratégia mais ampla para a força combinada. Se as unidades do Exército forem incumbidas de complementar as missões do Corpo de Fuzileiros Navais, disse ele, isso exigiria novo treinamento e nova doutrina.

Cancian concordou, acrescentando que os planos do Corpo de Fuzileiros Navais poderiam representar uma nova carga para o Exército. Ambos os oficiais aposentados defenderam que a Reserva do Corpo de Fuzileiros Navais mantivesse alguns dos seus tanques.

"[Essa é] uma estratégia muito apropriada para gerenciar alguns dos riscos", disse Hoffman. Ele e Cancian serviram na Reserva do Corpo de Fuzileiros Navais.

Pelo menos uma unidade de reserva - Alpha Company, 4º Batalhão de Tanques - já foi desativada. Todas as seis companhias do 4º de Tanques, junto com o quartel-general do seu batalhão, deverão ser desativadas até o final de 2021, disse o Major Roger Hollenbeck, porta-voz da Reserva das Forças de Fuzileiros Navais.

Enquanto os Fuzileiros Navais da Companhia Charlie, 2º Batalhão de Tanques, se despediam dos seus tanques esta semana, o Capitão John Fergerson, o oficial comandante, considerou o dia sombrio para muitos.

"Não apenas para os tanquistas, mas também para muitos dos meus companheiros guerreiros", disse ele, de acordo com um comunicado à imprensa do Corpo de Fuzileiros Navais sobre a desativação da companhia.

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O Corpo de Fuzileiros Navais cortará ainda mais pessoal nos próximos anos, diz o Comandante27 de fevereiro de 2020.

Fuzileiros navais da China: menos é mais30 de junho de 2020.

Operação Dragão III dos Fuzileiros Navais do Brasil3 de fevereiro de 2020.

O Urutu no CFN28 de janeiro de 2020.

sábado, 26 de setembro de 2020

VÍDEO: A China tem disputas de fronteira com 17 países

"O que é meu é meu e o que é seu é negociável"

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França interrompe ratificação de tratado de extradição com Hong Kong após lei de segurança5 de agosto de 2020.

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Quando a China se instala na América Latina30 de agosto de 2020.

FOTO: Salto noturno na chuva

Paraquedistas franceses aguardando a luz verde para saltar na região de Tessalit, no Mali, em 24 de setembro de 2020.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 26 de setembro de 2020.

Dadas as restrições de alongamento das distâncias e mobilidade impostas pela estação das chuvas, 80 paraquedistas do GTD Bruno foram lançados em operação por meio de um salto paraquedista noturno.

Os franceses vêm lançando pequenos saltos desde a invasão em 2013, geralmente bloqueando passos e ravinas para envelopar jihadistas com grande sucesso. A própria intervenção no Mali abriu com o salto de 200 homens do 2e REP (Legião Estrangeira) sobre o aeroporto de Timbuctu em janeiro de 2013. Saltando à frente o chefe da unidade então o Coronel Benoît Desmeulles, como é tradição.


O último salto realizado por forças convencionais antes de 2013 havia sido realizado em 2007 em Birao, na República Centro-Africana, embora tenha se limitado a uma equipe do GCP do 3ª RPIMa, que foram lançados como precursores antes do salto do Comando de Operações Especiais (COS). Em 2004, o 8º RPIMa também foi lançado no Kosovo, numa demonstração de força.

Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

FOTO: Salto de Quarentena, 25 de maio de 2020.

FOTO: Salto de amizade na Polônia30 de agosto de 2020.

FOTO: Paraquedista soviético em salto livre8 de abril de 2020.

FOTO: Salto livre da Companhia Esclarecedora 17 do Exército Suíço9 de fevereiro de 2020.

O primeiro salto da América do Sul, 13 de janeiro de 2020.

101st Airborne, a "Nossa" Divisão, 29 de janeiro de 2020.




FOTO: Furão no Golfo

Ferret Mk 1/2 britânico, parte da Operação Granby.
(The Tank Museum/ Bovington)

Nem todo soldado britânico na Guerra do Golfo (1990-91) foi para a guerra em um Challenger ou Warrior fortemente blindado. O carro blindado Ferret Mk 1/2, usado para reconhecimento e ligação, já estava em serviço há 40 anos. A metralhadora L4 foi baseada no fuzil-metralhador Bren da Segunda Guerra Mundial.

Leitura recomendada:

O aprendizado chinês sobre a Guerra do Golfo, 9 de agosto de 2020.

FOTO: Libertação da Cidade do Kuwait, 5 de setembro de 2020.

COMENTÁRIO: 36 anos depois, a Guerra Irã-Iraque ainda é relevante24 de maio de 2020.

O Exército Britânico pode cortar tanques antigos como parte dos planos de modernização, 28 de agosto de 2020.

PERFIL: Khalid Bin Sultan Bin Abdulaziz Al Saud, príncipe Khalid bin Sultan, Arábia Saudita19 de janeiro de 2020.

Um século de propaganda do poder aéreo acaba de ser 'explodido' por um think tank da Força Aérea21 de setembro de 2020.

GALERIA: O Corpo Expedicionário Britânico na França

Um oficial britânico da 51st Highland Infantry Division (Escocesa), no setor do 3º Exército Francês no Moselle. (Arquivo do 3e Armée)

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 26 de setembro de 2020.

Em 3 de setembro de 1939, a Grã-Bretanha declarou guerra à Alemanha nazista, que acabava de atacar a Polônia. Desde os primeiros dias de setembro, uma força expedicionária britânica desembarcou na França e se posicionou a leste de Lille. Então começaram para esses homens os longos meses de espera da Drôle de Guerre (Guerra Estranha, em francês), ou Phoney War (Guerra de Mentira, para os ingleses).

A Força Expedicionária Britânica (British Expeditionary Force, BEF) era o nome do Exército Britânico na Europa Ocidental durante a Segunda Guerra Mundial de 2 de setembro de 1939, quando o Quartel-General Geral (General Headquarters, GHQ) do BEF foi formado, até 31 de maio de 1940, quando o GHQ foi encerrado. A BEF era comandanda pelo General Lord Gort.

Retrato de grupo de soldados britânicos da BEF em Villers-Outréaux, na região Norte.

Reunião de homens e cavalos da Força Expedicionária Britânica no cais de um porto francês. (Arquivo do 6e Armée)

Da esquerda para a direita: General Ironside, Winston Churchill, General Gamelin, General Gort, General Georges.

O General Lord Gort foi nomeado para o comando do BEF em 3 de setembro de 1939 e o BEF começou a se mudar para a França em 4 de setembro de 1939. O BEF se reuniu ao longo da fronteira franco-belga. O BEF assumiu seu posto à esquerda do Primeiro Exército francês sob o comando do 1º Grupo de Exército francês (1re Groupe d'Armées) da Frente Nordeste (Front du Nord-est). A maior parte do BEF passou de 3 de setembro de 1939 a 9 de maio de 1940 cavando defesas de campanha na fronteira. Quando a Batalha da França (Fall Gelb) começou em 10 de maio de 1940, a BEF constituía 10% cento das forças aliadas na Frente Ocidental.

O exército britânico tinha menos homens em 1939 do que em 1914, e a sua contribuição foi "o tamanho do Exército deveria ser ajustado ao que os franceses pensavam ser o mínimo de que precisavam e os britânicos, o máximo que podiam fazer". Inicialmente podendo fornecer apenas uma única divisão de infantaria e uma brigada de cavalaria, o War Office elevou esse número para 10 divisões, e finalmente, em 21 de abril de 1939, a decisão foi tomada para 6 divisões regulares e 26 divisões territoriais (milícia), e iniciado o serviço militar obrigatório. A 51st Highland Infantry Division (51ª Divisão de Infantaria das Terras Altas da Escócia) foi destacada para servir na Linha Maginot. 

Soldados da BEF na França marchando em coluna durante a manobra Dyle, 1940.
(Arquivo do 1er Armée)

Um motociclista da BEF pede instruções a um suboficial francês.
(Arquivo do 2e Armée)

Soldado britânico da 51st Highland Infantry Division, no setor do 3º Exército Francês em Mosela.
(Arquivo do 3e Armée)

Soldado dos Royal Welsh Fusiliers com um fuzil-metralhador Bren em um reparo anti-aéreo, Nord-Pas-de-Calais. (ECPAD)

Soldados britânicos da BEF durante uma pausa para refeição no Moselle. (Arquivo do 3e Armée)

Capitães de times de futebol antes de uma partida entre soldados franceses e britânicos na França. (Arquivo do 2e Armée)

Dois soldados da Força Expedicionária Britânica na França posam juntos. (Arquivo do 7e Armée)

Soldados escoceses do regimento Seaforth Highlanders da BEF e um soldado francês do 1º Exército. (Arquivo do 1er Armée)

Dois músicos britânicos da BEF posam ao lado dos seus instrumentos. (Arquivo do 7e Armée)

Soldados franceses e repórteres britânicos da Unidade de Cinema e Fotográfica do Exército (Army Film and Photographic Unit, AFPU) no Norte.

Partida do Rei George VI da Inglaterra, após visita à França, na presença do General Giraud em Boulogne-sur-Mer, 1939. (Arquivo da Marinha Francesa)

O duque de Windsor, irmão do rei da Inglaterra George VI, visitando o setor do 4º Exército Francês. (Arquivo do 4e Armée)

Em 10 de maio de 1940, a inatividade terminou com o exército alemão invadindo a Holanda, Bélgica e Luxemburgo. Em resposta, unidades francesas e britânicas, por sua vez, entraram na Bélgica. Em 14 de maio de 1940, o avanço dos blindados alemães na região de Sedan e Dinant levou à retirada das tropas aliadas no Escalda e nos canais do norte. A partir de 20 de maio, o adversário os cercou e apesar da forte resistência, as praças francesas caíram uma após a outra. Em 26 de maio de 1940, teve início a Operação Dynamo (Dínamo), que consistia na evacuação das forças aliadas do campo entrincheirado de Dunquerque. Em 4 de junho, mais de 300.000 soldados foram embarcados novamente para a Inglaterra sob a cobertura do exército francês em Lille e no perímetro de Dunquerque; esta operação é um sucesso inesperado que permite à Inglaterra continuar a luta.

Os repórteres de guerra da SCA fotografaram o dia a dia dos soldados britânicos em seus acantonamentos. Imagens de companhias de propaganda alemãs acompanham o avanço do exército alemão, bem como a derrota das unidades aliadas.

Na estrada para Winnezeele, um veículo blindado Panzer II da 6ª Divisão Blindada Alemã (6. Panzer-Division) entre as carcaças de veículos britânicos. (Arquivo alemão)

Em La Bassée (Norte), os prisioneiros dos Queen's Own Cameron Highlanders da BEF, limpam os escombros. (Arquivo alemão)

Carros de combate britânicos Matilda do 7º Regimento de Tanques Real (7th Royal Tank Regiment, 7th RTT) destruídos durante a contra-ofensiva em Arras, no Pas-de-Calais.

Tanquista britânico do 7th RTT sendo interrogado por um oficial alemão após a contra-ofensiva fracassada em Arras, no Pas-de-Calais. (Arquivo alemão)

Comboios da BEF destruídos na estrada que leva ao porto de Dunquerque, no Norte. (Arquivo alemão)

Em uma estrada ao norte, entre Hondschoote e Ghyvelde, um tanque britânico Mark VI B destruído. (Arquivo alemão)

Soldados do 2º Batalhão, Regimento Real de Norfolk, ficaram isolados da sua unidade sob o comando do Major Lisle Ryder. Eles ocuparam e defenderam uma casa de fazenda contra um ataque da 14ª Companhia da SS-Division Totenkopf na vila de Le Paradis. Depois de ficar sem munição, os defensores se renderam às tropas alemãs que então os conduziram pela estrada até uma parede onde foram assassinados por tiros de duas metralhadoras, e depois baionetados. Noventa e sete soldados britânicos foram mortos. Dois sobreviveram apesar de feridos - soldados Albert Pooley e William O'Callaghan - e se esconderam até serem capturados pelas forças alemãs, vários dias depois.

Como o limite entre os dois regimentos britânicos era a estrada, os homens de Ryder se renderam não à companhia contra quem estavam lutando, mas sim à unidade do SS-Hauptsturmführer Fritz Knöchlein, que estava lutando contra os Royal Scots (Escoceses Reais). Túmulos encontrados perto de Le Paradis em 2007 sugerem que cerca de 20 homens dos Royal Scots que se renderam a uma unidade da SS também podem ter sido mortos em um massacre separado. Knöchlein foi condenado por crime de guerra em 1948 e enforcado em 1949.

No setor de Maubeuge, um campo de prisioneiros onde soldados franceses, belgas e britânicos estão reunidos. (Arquivo alemão)

Prisioneiros britânicos da Força Expedicionária Britânica no setor de Arras, no Pas-de-Calais. (Arquivo alemão)

Sobre a resistência do 1º Exército francês (1er Armée), formado pelos 4º e 5º Corpos sob o Général de Corps d'Armée Jean-Baptiste Molinié, opondo 40 mil franceses a 160 mil alemães, escreveu Churchill:

"Os remanescentes do outrora formidável Primeiro Exército, ... agora sob o comando do General Molinié, resistiram ao redor de Lille até o final de 31 de maio, enfrentando sete divisões alemãs, três delas panzer, evitando assim que se juntassem ao ataque inimigo em Dunquerque. Esta valente resistência ajudou as forças anglo-francesas sitiadas em torno do porto a resistirem por mais dois a três dias e, assim, salvar pelo menos mais 100.000 soldados."

Quando o bolsão de Lille se rendeu, a Operação Dynamo já estava atuando há uma semana. Mas ainda assim, para cada sete soldados que escaparam por Dunquerque, um homem foi deixado para trás como prisioneiro-de-guerra. A maioria desses prisioneiros foi enviada em marchas forçadas para dentro da Alemanha, para cidades como Trier, a marcha durando até vinte dias. Outros foram transportados a pé para o rio Escalda e enviados de barcaça para o Ruhr. Os prisioneiros foram então enviados de trem para campos de prisioneiros de guerra na Alemanha. A maioria (aqueles abaixo da graduação de cabo) trabalhou na indústria e agricultura alemãs por cinco anos.

Um relatório de inteligência do IV Corpo de Exército alemão, que havia se engajado contra a BEF da linha Dyle até a costa, foi distribuído às divisões em treinamento para a Operação Leão Marinho (Unternehmen Seelöwe), dizendo sobre os homens da BEF:

"O soldado inglês estava em excelentes condições físicas. Ele suportou suas próprias feridas com calma estóica. As perdas de suas próprias tropas, ele discutiu com total equanimidade. Ele não reclamava de sofrimentos. Na batalha ele era duro e obstinado. Sua convicção de que a Inglaterra venceria no final era inabalável... O soldado inglês sempre se mostrou um combatente de alto valor. Certamente as divisões territoriais são inferiores às tropas regulares em treinamento, mas no que diz respeito ao moral, elas são iguais... Na defesa, o inglês aguentava qualquer punição que surgisse em seu caminho."

A BEF sofreu 66.426 baixas, 11.014 mortos em combate ou que morreram em decorrência de ferimentos, 14.074 feridos e 41.338 homens desaparecidos ou feitos prisioneiros. A força também perdeu a maior parte do seu material pesado.


Nenhuma medalha de campanha foi concedida para a Batalha da França, mas o militar que passou 180 dias na França entre 3 de setembro de 1939 e 9 de maio de 1940, ou "um único dia, ou parte dele" na França ou na Bélgica entre 10 de maio e 19 de junho de 1940, era qualificado para a medalha Star 1939-1945.

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