Combatente curda do PKK capturada pelos turcos, 18 de setembro de 2022. |
Guerrilheiras YBŞ e PKK no norte do Curdistão em 2017. O homem na bandeira é Abdullah Öcalan. |
A Mulher Militar: Das origens aos nossos dias, Raymond Caire. |
Combatente curda do PKK capturada pelos turcos, 18 de setembro de 2022. |
Guerrilheiras YBŞ e PKK no norte do Curdistão em 2017. O homem na bandeira é Abdullah Öcalan. |
A Mulher Militar: Das origens aos nossos dias, Raymond Caire. |
Soldados chineses de um dos vários exércitos fantoches do Mikado, anos 1940. |
Wang Jingwei com oficiais do exército de Nanquim. |
Rays of the Rising Sun: Armed forces of Japan's Asian allies 1931-1945, Volume 1: China e Manchukuo, Philip S. Jowett. |
Fuzileiro naval americano e soldado marroquino durante treinamento conjunto no Marrocos, em 20 de março de 2007. |
Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 17 de setembro de 2022.
Tiro ao alvo durante o Exercício African Lion 07 (Leão Africano 07) entre o Corpo de Fuzileiros Navais americano e o Exército Real Marroquino no Cabo Drá no Marrocos, em 20 de março de 2007. Este exercício é um exercício militar combinado dos EUA e do Marrocos, programado regularmente, projetado para promover a interoperabilidade aprimorada e a compreensão mútua das táticas, técnicas e procedimentos de cada nação.
O fuzileiro naval, pertencente à Companhia de Petrechos Pesados (Weapons Company) do 2º Batalhão do 23º Regimento de Fuzileiros Navais baseado em Port Hueneme, na Califórnia, dispara o fuzil M16A4, enquanto o soldado marroquino dispara um fuzil de assalto AK47 do modelo romeno, Pistol Mitralieră model 1963; abreviado como PM md. 63 ou simplesmente como md. 63. A versão romena é identificável pela empunhadura frontal integrada ao guarda-mão de madeira. A partir de 1965, a República Socialista da Romênia também produziu o Pistol Mitralieră model 1965 (abreviado PM md. 65 ou simplesmente md. 65), que é um md. 63 com a coronha dobrável.
Bibliografia recomendada:
AK-47: A arma que transformou a guerra, Larry Kahaner. |
Instrutores de tiro de combate do Exército Francês treinam com o AK-47 Kalachnikov, 16 de janeiro de 2020.
Por que eu prefiro ser baleado por um AK-47 do que um M4, 1º de dezembro de 2020.
Como identificar um fuzil de assalto fabricado na Rússia e diferenciar de um falso, 28 de junho de 2020.
GALERIA: Treinamento do Eurocorps com fuzis AK no CENTIAL-51e RI, 12 de abril de 2021.
FOTO: Policial iraquiano com AK47, 25 de fevereiro de 2020.
FOTO: Encontro dos criadores do AK-47 e do M16, 28 de setembro de 2020.
ANÁLISE: Os 5 piores fuzis AK já feitos (5 vídeos), 10 de dezembro de 2020.
VÍDEO: Fuzil PM md. 63, o AKM romeno, 26 de abril de 2021.
Novo Memorial aos Cães da Guerra do Vietnã Celebra “O Laço Inquebrável”, 15 de outubro de 2019.
Nova escultura homenageia cães militares, 7 de março de 2020.
Talibãs desfilando em cima de um tankette italiano CV-35 em Kandahar, 31 de agosto de 2022. |
A better quality photo of an Italian-made L3/35 (CV-35) in Taliban service. This ancient tankette was shown at a parade in Kandahar, 31 August 2022. pic.twitter.com/i1TeAO4eob
— Lukas Muller (@aaf_lukas) September 8, 2022
O desfile de 31 de agosto celebrava a vitória sobre os Estados Unidos e a Coalizão, marcando o primeiro aniversário da retirada dos ocidentais e da criação do Emirado Islâmico do Afeganistão, liderado pelo Talibã.
Some screens from military parade of Islamic Emirate of Afghanistan (Taliban) celebrate first anniversary of the withdrawal of US-coalition from Afghanistan on August 31 2022.
— Yuri Lyamin (@imp_navigator) August 31, 2022
MD-530F and UH-60A helicopters pic.twitter.com/EchGSsU0Yp
"Testemunho que não há deus senão Alá (Deus), e testemunho que Muhammad (Maomé) é o mensageiro de Alá."
T-62M do emirado islâmico durante o desfile, também com a bandeira branca. |
O CV-35 é um veículo leve sob lagartas dos anos 1930, e é notável por sua capacidade fora de estradas e sobrepujando obstáculos em terreno acidentado; lembrando que o Afeganistão é um país montanhoso com poucas estradas. No entanto, já era totalmente obsoleto em 1940. O Afeganistão adquiriu o tankette italiano na segunda metade da década de 1930. Dado que o veículo da Fiat-Ansaldo foi homologado no Regio Esercito italiano em 1936, acredita-se que os CV-35 afegãos foram entregues à partir de 1937 e permaneceram em serviço por muitas décadas.
Outra foto do velho guerreiro durante o desfile. |
Depois da Segunda Guerra Mundial, o Exército Real Afegão modernizou os seus tankettes com ajuda soviética; seu novo patrono e que teria efeitos cataclísmicos no país. Ligeiro, porém mal protegido por meros 15mm de blindagem máxima, o tankette era muito vulnerável. Uma das melhorias feitas foi justamente a substituição das duas metralhadoras de 8mm Fiat 14/35 por duas metralhadoras pesadas KPV de 14,5mm soviéticas. Os outros veículos mantendo o seu armamento original foram usados em serviço de policiamento e vigilância por milícias locais.
A aparição de um veículo tão antigo no desfile da vitória talibã é algo notável e marcante. O Museu de Cabul mantinha um CV-35 em bom estado até aonde se tem notícia, o que indica uma viatura com mais de 75 anos de construção ainda preservada.
O CV-35 nos trópicos
Desfile dos Fiat-Ansaldo CV-35 brasileiros. Fuzileiros navais ladeiam a avenida. |
O Brasil também adquiriu o CV-35 na década de 1930. Tal qual como o Afeganistão, a capacidade em terreno acidentado e baixo preço do veículo. E tal qual como o Afeganistão, foi o segundo veículo nacional depois do lendário Renault FT-17. O Brasil comprou 23 tankettes em 1938, formando o Esquadrão de Auto-Metralhadoras.
Dentro desse esquadrão havia 18 viaturas armadas com metralhadoras duplas Madsen de 7mm, com os outros 5 veículos sendo de comando e armados com uma metralhadora pesada Breda 13,2mm cada um. Desta forma, o esquadrão possuía quatro pelotões de cinco carros cada; todos devidamente marcados por naipes de cartas do baralho. O Esquadrão de Auto-Metralhadoras (designação francesa dos tanquetes) foi filmado pelos ingleses pelo British Pathé quando fazia funções de vigilância no saliente nordestino, em 1942, em prol do esforço de guerra aliado na campanha do Atlântico.
Leitura recomendada:
A primeira mulher piloto do Afeganistão agora está lutando para voar pelas forças armadas dos EUA, 6 de julho de 2022.
GALERIA: Monumento aos soldados soviéticos mortos no Afeganistão, 23 de julho de 2022.
GALERIA: Graduação no ANASOC, 13 de abril de 2020.
FOTO: Forças especiais alemãs saúdam bandeira na retirada em Cabul, 24 de agosto de 2022.
O Tanque está morto: conclusão precipitada?, 12 de agosto de 2022.
Como a China vê a retirada dos EUA do Afeganistão, 21 de maio de 2021.
Mercenário russo Wagner na Líbia, 8 de maio de 2021. |
The "Wagner Group": Africa's Chaos in an Economic Boom. Intel Africa. |
Operador GISW polonês, 2022. |
Soldados da GNB correm sob uma nuvem de gás lacrimogêneo por guardas leais ao líder da oposição, Juan Guaidó, em frente à base militar de La Carlota, 30 de abril de 2019. |
O Brasil acompanha com bastante atenção a situação na Venezuela e reafirma o seu apoio na transição democrática que se processa no país vizinho. O Brasil está ao lado do povo da Venezuela, do presidente Juan Guaidó e da liberdade dos venezuelanos.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 30, 2019
Leitura recomendada:
Militares da Venezuela: principais questões a saber, 4 de setembro de 2021.
O raro fuzil AR57 na rebelião pró-Guaidó na Venezuela, 17 de fevereiro de 2022.
O Vektor CR-21 plotado na Venezuela, 4 de maio de 2022.
O padre e o soldado moribundo, 1962, 13 de julho de 2022.
Os militares saudando a bandeira alemã na cerimonia de partida. |
Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 24 de agosto de 2022.
Operadores do KSK (Kommando Spezialkräfte / Comando de Forças Especiais) saudando a bandeira alemã em Cabul, durante a evacuação do Aeroporto de Cabul em agosto de 2021.
Os alemães não prestam continência com equipamento, especialmente o capacete. O Spieße da companhia ficaria louco, mas dada a situação extraordinária os operadores quebraram o protocolo e usaram equipamento completo.
O Spieße/Spiess (significando "lança"), também chamado de "a mãe da companhia", costuma ser um graduado antigo com funções administrativas e de gerenciamento de pessoal da companhia.
Bibliografia recomendada:
Special Operations Forces in Afghanistan, Leigh Neville e Ramiro Bujeiro. |
Um soldado da Brigada Judaica prepara seu fuzil sniper para a ação. (Colorização de Julius Jääskeläinen, @julius.colorization) |
"Um soldado da Brigada Judaica prepara seu fuzil sniper para a ação."
Original em preto e branco, mostrando a placa. |
"Sem os oficiais e soldados da Brigada Judaica, é duvidoso que pudéssemos ter construído as Forças de Defesa de Israel em um período tão curto, em uma hora tão tempestuosa."
Soldado iraquiano ferido após a explosão de um dispositivo improvisado, 2008. (Andrea Comas / Reuters) |
Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 7 de agosto de 2022.
O jovem cadete Hugo Rafael Chávez Frías posa juntamente com seus pais Hugo de los Reyes Chávez e Elena Frías quando de sua graduação na Academia Militar de Venezuela em Caracas, em 5 de julho de 1975.
Aos 17 anos, Hugo Chávez ingressou na Academia Militar da Venezuela, graduando-se, no ano de 1975, em Ciências e Artes Militares, na arma de Engenharia. Prosseguiu na carreira militar, atingindo o posto de tenente-coronel.
Nomeada Academia Militar de Venezuela em 1971, a academia foi renomeada Academia Militar del Ejército Bolivariano (AMEB) pelo então presidente Hugo Chávez em 3 de setembro de 2010.
Nomes da Instituição:
1810: Academia Militar de Matemáticas.
1890: Academia Militar para Oficiales.
1895: Academia de Artillería.
1903: Escuela Militar de Venezuela.
1928: Escuela de Aspirantes a Oficiales.
1931: Escuela Militar y Naval de Venezuela.
1937: Escuela Militar de Venezuela.
1971: Academia Militar de Venezuela.
2010: Academia Militar del Ejército Bolivariano.
Guinada à esquerda
A Academia Venezuelana de Ciências Militares, localizada na capital Caracas, seguia um currículo conhecido como Plano Andrés Bello, instituído por um grupo de militares progressistas e nacionalistas. Esse novo currículo encorajou os alunos a aprender não apenas rotinas e táticas militares, mas também uma ampla variedade de outros tópicos, e para isso foram trazidos professores civis de outras universidades para dar palestras aos cadetes militares.
Vivendo em Caracas, ele viu mais a pobreza endêmica enfrentada pelos venezuelanos da classe trabalhadora e disse que essa experiência só o tornou ainda mais comprometido com a realização da justiça social. Ele também começou a se envolver em atividades fora da escola militar, jogando beisebol e softball com a equipe Criollitos de Venezuela, progredindo com eles para o Campeonato Nacional de Beisebol da Venezuela. Ele também escreveu poesia, ficção e drama, e pintou, e pesquisou a vida e o pensamento político do revolucionário sul-americano do século XIX, Simón Bolívar. Ele também se interessou pelo revolucionário marxista Che Guevara (1928-1967) depois de ler suas memórias O Diário de Che Guevara.
Em 1974, ele foi selecionado para ser um representante nas comemorações do 150º aniversário da Batalha de Ayacucho no Peru, o conflito em que o tenente de Simão Bolívar, Antonio José de Sucre, derrotou as forças monarquistas durante a Guerra da Independência do Peru. No Peru, Chávez ouviu o presidente de esquerda, general Juan Velasco Alvarado (1910-1977), falar, e se inspirou nas ideias de Velasco de que os militares deveriam agir no interesse das classes trabalhadoras quando as classes dominantes fossem percebidas como corruptas, ele "bebeu dos livros [que Velasco havia escrito], até memorizando alguns discursos quase completamente".
Fazendo amizade com o filho do Líder Máximo Omar Torrijos, o ditador esquerdista do Panamá, Chávez visitou o Panamá, onde se encontrou com Torrijos, e ficou impressionado com seu programa de reforma agrária destinado a beneficiar os camponeses. Influenciado por Torrijos e Velasco, ele viu o potencial de generais militares para assumir o controle de um governo quando as autoridades civis eram vistas como servindo apenas aos interesses das elites ricas. Ao contrário de Torrijos e Velasco, Chávez tornou-se altamente crítico de Augusto Pinochet, o general de direita que recentemente assumira o controle do Chile. Chávez disse mais tarde: "Com Torrijos, tornei-me um torrijista. Com Velasco, tornei-me um velasquista. E com Pinochet, tornei-me um anti-pinochetista". Em 1975, Chávez se formou na academia militar como um dos melhores graduados do ano.
Após sua formatura, Chávez foi postado como oficial de comunicações em uma unidade de contrainsurgência em Barinas, embora a insurgência marxista-leninista que o exército foi enviado para combater já tivesse sido erradicada daquele estado. A certa altura, ele encontrou um estoque de literatura marxista que aparentemente pertencia a insurgentes muitos anos antes.
Ele passou a ler esses livros, que incluíam títulos de Karl Marx, Vladimir Lenin e Mao Tsé-tung, mas seu favorito era um trabalho intitulado The Times of Ezequiel Zamora, escrito sobre o general federalista do século XIX que Chávez admirava quando criança. Esses livros convenceram ainda mais Chávez da necessidade de um governo de esquerda na Venezuela: "Aos 21 ou 22 anos, me tornei um homem de esquerda".
Latin America's Wars: The Age of the Professional Soldier, 1900-2001. Robert L. Scheina. |