Mostrando postagens com marcador Foto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Foto. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

FOTO: A felicidade é um Barrett

Comandante do Exército Norueguês com um fuzil sniper Barret MRAD durante uma visita, 17 de fevereiro de 2022.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 17 de fevereiro de 2022.

O comandante do Exército Norueguês foi fotografado sorrindo enquanto carrega um fuzil sniper Barrett MRAD durante um encontro com comandantes de exércitos nórdicos na Noruega, no dia de hoje, 17 de fevereiro.

Você nunca será tão feliz quanto este homem!

O general à direita, com o camuflado diferente, é um tenente-general finlandês. O países nórdicos andam realizando programas de amizade diante da recente atividade russa na região.

O Barrett MRAD (Multi-role Adaptive Design / Projeto Adaptável Multi-funcional) é um fuzil sniper ferrolhado projetado pela Barrett para atender aos requisitos do SOCOM PSR. O MRAD é baseado no Barrett 98B e inclui várias modificações e melhorias. O Barrett MRAD foi nomeado o Fuzil do Ano de 2012 pela National Rifle Association of America (NRA).

O Barrett MRAD é multi-calibre, podendo ser calibrados nos seguintes modelos:

  • 6.5 Creedmoor
  • .260 Remington
  • .308 Winchester
  • 7mm Remington Magnum
  • .300 Winchester Magnum
  • .300 PRC
  • .300 Norma Magnum
  • .338 Norma Magnum
  • .338 Lapua Magnum
  • 7.62×51mm NATO

As Forças Armadas da Noruega encomendaram o Barrett MRAD em 2013. Ele está em uso com as Forças de Operações Especiais da Noruega (NORSOF) desde 2015, bem como os Kystjegerkommandoen da Marinha e várias unidades do Exército Norueguês. Atiradores de elite do grupo Beredskapstroppen Delta da polícia norueguesa também utilizam o Barrett MRAD.

domingo, 13 de fevereiro de 2022

FOTO: Enfermeiras da FEB

Enfermeiras da FEB nos Estados Unidos, 19 de setembro de 1944.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 13 de fevereiro de 2022.

Enfermeiras do Exército Brasileiro, Unidade 2890-A (Primeiro Esquadrão de Caça Brasileiro com Destacamento Médico) no Píer 5 prestes a embarcar para serviço no exterior, 19 de setembro de 1944. Fotografia Oficial Corpo de Comunicações do Exército dos EUA, Porto de Embarque de Hampton Roads, Newport News Virginia.

Esse grupo de enfermeiras havia se formado no Rio de Janeiro e passado dois meses nos Estados Unidos antes de embarcar para o exterior. As enfermeiras serviram com o restante da Força Expedicionária Brasileira na campanha do Norte da Itália, que durou até maio de 1945.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

FOTO: Iranianos em combate urbano em Khorramshahr

Soldados iranianos em combate na cidade de Khorramshahr, 1980.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 8 de fevereiro de 2022.

Soldados iranianos em combate urbano contra os iraquianos. Eles estão equipados com capacetes M1 americanos e fuzis HK G3 alemães.

A Batalha de Khorramshahr foi um grande confronto entre o Iraque e o Irã na Guerra Irã-Iraque. A batalha ocorreu de 22 de setembro a 10 de novembro de 1980. Amplamente conhecida por sua brutalidade e condições violentas, Khorramshahr passou a ser chamada pelos iranianos de Khuninshahr (em persa: خونین شهر), "A Cidade de Sangue". Khorramshahr caiu nas mãos dos iraquianos em 10 de novembro de 1980, e permaneceu ocupada por quase dois anos. A sua defesa e libertação tornou-se um grito nacional iraniano.

Soldados iranianos armados com fuzis HK G3, metralhadora MG3 e lança-rojão RPG-7.

A batalha durou 34 dias e sugou as forças iraquianas muito além do que os planos de guerra do Iraque previam. Quatro generais iraquianos morreram por Khorramshahr, três deles executados por sugerirem que o exército evacuasse a cidade. Por sua vez, esta batalha permitiu ao Irã estabilizar as linhas de frente em Dezful, Ahvaz e Susangerd, e mover reforços para o Cuzestão. Khorramshahr estava sendo defendida principalmente pelos Comandos da Marinha - o 1º Batalhão de Fuzileiros Navais Takavar na Base Naval de Khorramshahr -, em grande desvantagem numérica, algumas unidades da 92ª Divisão Blindada, combatentes Pasdaran e voluntários civis.

Khorramshahr eventualmente foi recapturada recapturado pelos iranianos durante a Operação Beit-ol-Moqaddas em 1982, um ponto de virada na guerra - à partir de então, travada em solo iraquiano.

FOTO: Soldados iraquianos celebrando no Irã

Soldados iraquianos celebrando a invasão do Irã em 25 de setembro de 1980.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 8 de fevereiro de 2022.

Em 22 de setembro de 1980, o Exército Iraquiano baathista invadiu o Irã surpreendendo o regime iraniano do Aiatolá Kohmeini. Inicialmente, os iraquianos avançaram em todas as frentes, tomando vários quilômetros de território e colocando sob cerco várias cidades iranianas como Abadan e Khorramshahr. Nesse período, eles tinham razões para comemorar o que parecia uma campanha curta e bem sucedida.  O cerco de Khorramshahr tornar-se-ia a maior batalha urbana da Guerra Irã-Iraque, travada em duas fases, amplamente conhecida por sua brutalidade e condições violentas, Khorramshahr passou a ser referida pelos iranianos como Khuninshahr ("Cidade de Sangue"). A batalha durou 34 dias e viu um imenso investimento das forças iraquianas, muito além do que os planos de guerra do Iraque previam. A cidade caiu nas mãos dos iraquianos em 10 de novembro de 1980.

Das seis divisões iraquianas que invadiram por terra, quatro foram enviadas ao Cuzestão, localizado perto do extremo sul da fronteira, para isolar o Shatt al-Arab do resto do Irã e estabelecer uma zona de segurança territorial. As outras duas divisões invadiram a parte norte e central da fronteira para evitar um contra-ataque iraniano. Duas das quatro divisões iraquianas, uma mecanizada e outra blindada, operaram perto do extremo sul e iniciaram um cerco às cidades portuárias estrategicamente importantes de Abadan e Khorramshahr.

As duas divisões blindadas garantiram o território delimitado pelas cidades de Khorramshahr, Ahvaz, Susangerd e Musian. Na frente central, os iraquianos ocuparam Mehran, avançaram em direção ao sopé das montanhas Zagros e conseguiram bloquear a tradicional rota de invasão Teerã-Bagdá, garantindo território à frente de Qasr-e Shirin, no Irã. Na frente norte, os iraquianos tentaram estabelecer uma forte posição defensiva em frente a Suleimaniya para proteger o complexo petrolífero iraquiano de Kirkuk.


Bibliografia recomendada:

Arabs at War:
Military Effectiveness, 1948-1991.
Kenneth M. Pollack.

FOTO: Chegada de sul-coreanos no Vietnã

Chegada da Divisão Cavalo Branco no Vietnã, 5 de setembro de 1966.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfarw Blog, 8 de fevereiro de 2022.

Cerimônia de recepção do primeiro contingente da 9ª Divisão "Cavalo Branco" da Coréia do Sul no Vietnã do Sul em 5 de setembro de 1966. Os soldados estão armados com equipamento da Segunda Guerra Mundial herdados da época da Guerra da Coréia. A legenda da foto diz:

"A SEGUNDA UNIDADE COREANA CHEGA AO VIETNÃ -- Tropa da Divisão 'Cavalo Branco' marcham sob um grande sinal dando-lhes as boas vindas ao Vietnã do Sul. A unidade de infantaria de 5.500 homens chegou em setembro e assumiu posições ao longo da costa central do Vietnã nas áreas de Nha Trang, Tuy Hoa e Cam Ranh. É a segunda divisão enviada pela República da Coréia para ajudar na defesa do Vietnã contra a agressão comunista. Outros países com tropas servindo no Vietnã do Sul são Austrália, Nova Zelândia, Filipinas e Estados Unidos."

Conforme mencionado, a 9ª Divisão foi a segunda divisão coreana desdobrada no Vietnã. Esta foi a Divisão Capital (Divisão Tigre Feroz), assim chamado por ser de Seul, que chegou ao Vietnã do Sul em 22 de setembro de 1965. Os 5.500 soldados sendo recepcionados foram complementados pelo resto da divisão em 8 de outubro de 1966. O nome da 9ª Divisão vem da sua participação na Batalha de White Horse (Cavalo Branco) ocorrida em outubro de 1952 na Guerra da Coréia.

General Chae Myung-shin, comandante das forças sul-coreanas no Vietnã.

A República da Coréia (Coréia do Sul) manteve um efetivo médio de 48 mil homens no Vietnã, atingindo esse pico em 1969. As primeiras unidades coreanas chegaram em fevereiro de 1965, em um grupo de brigada conhecido como Dove Force (Força Pomba). O comandante geral dessa força expedicionária sul-coreana era o Tenente-General Chae Myung-shin do Exército da República da Coréia (ROK).

De setembro de 1964 a março de 1973, a Coréia do Sul enviou cerca de 350.000 soldados para o Vietnã do Sul. O Exército, o Corpo de Fuzileiros Navais, a Marinha e a Força Aérea participaram da guerra, e o número de tropas da Coréia do Sul era muito maior do que o da Austrália e da Nova Zelândia, sendo o segundo maior contingente estrangeiro no Vietnã - atrás apenas dos americanos.

Os sul-coreanos sofreram 5.099 mortos e 10.962 feridos até o final do seu engajamento, em 23 de março de 1973.

Leitura relacionada:

domingo, 6 de fevereiro de 2022

FOTO: ARVN Rangers na Ofensiva do Tet

Os Rangers sul-vietnamitas defendem a ponte de Newport, próxima a Saigon, 1968.
(PFC Matthew J. Roach)

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 6 de fevereiro de 2022.

Um grupo de combate de soldados sul-vietnamitas da Companhia C, 30º Batalhão Ranger, luta contra snipers vietcongues (VC) do outro lado da ponte de Newport na rodovia 1, a poucos quilômetros de Saigon, 31 de janeiro de 1968.

A ação ocorreu durante o Ano Novo Lunar (o Tet), quando os vietcongues lançaram ataques contra Saigon e as demais grandes cidades sul-vietnamita durante a trégua das celebrações. Os Rangers portam uma variedade de armamentos, com o Ranger mais próximo armado com um lança-granadas M79. O Ranger sentado ao seu lado tem um M14 com bipé.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

FOTO: Obuseiro autopropulsado em Áden

Tropas iemenitas com um obuseiro autopropulsado M8 em Áden, 1961.

Por  Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 3 de fevereiro de 2022.

Tropas iemenitas com o obuseiro autopropulsado M8 de fabricação americana. Sua designação oficial era 75 mm Howitzer Motor Carriage M8, e fora desenvolvido no chassi do tanque leve M5 Stuart, armado com um canhão M116 de 75mm e uma carroceria M7. A metralhadora é a M2 Browning .50 na torre dá proteção aproximada e até antiaérea.

O soldado na esquerda carrega o fuzil Hakim, uma versão egípcia do Ag m/42 sueco. O Hakim é um fuzil semiautomático com um sistema de ferrolho basculante com padrão Tokarev semelhante àqueles do FN49 belga, SKS soviético e do MAS-49 francês. 

De cima para baixo: fuzil Ag m/42B, fuzil Hakim e carabina Rasheed.

O Egito introduziu um sistema operado a gás ajustável, enquanto o Ag m/42 não era ajustável. O sistema Hakim é ajustável por meio de uma ferramenta especial e é um tipo de impacto simples e direto pelo qual o fluxo de gás impacta diretamente na face frontal do conjunto do ferrolho, impulsionando-o para trás, o que destrava e move o ferrolho conforme ele recua. A alimentação é feita de um carregador de cofre destacável que contém 10 cartuchos, embora o fuzil esteja equipado com um dispositivo de abertura de ferrolho e possa ser recarregado usando clipes de pente com o carregador no lugar. As miras são do tipo aberto, com entalhe em U ajustável em alcance na alça de mira, com a massa de mira protegida.

Enquanto o Ag m/42 disparava o cartucho 6,5×55mm, o Egito calibrou sua versão em 8x57mm Mauser pois possuía grandes estoques dessa munição, grande parte deixada para trás da Segunda Guerra Mundial. O Hakim possuía uma baioneta tipo faca destacável, enquanto a carabina Rasheed, sua versão mais curta, usava uma baioneta fixa dobrável.

FOTO: Tigre Negro Sargento-Chefe Tran Dinh Vy

Sargento-chefe Tran Dinh Vy com a boina preta dos Tigres Negros e medalhas, incluindo a Cruz de Guerra com palma, 1950.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 3 de fevereiro de 2022.

O sargento-chefe Tran Dinh Vy foi o assistente do famoso Ajudante-chefe Roger Vandenberghe, comandante do lendário Comando 24 que operou no Tonquim, conhecidos como Tigres Noirs.

Os Tigres Negros pertenciam aos Comandos do Vietnã do Norte. Inicialmente 8 comandos, o número se expandiu para 45 comandos organizados no Vietnã do Norte para travarem a guerra usando os métodos dos guerrilheiros. Assim como os demais comandos, o Comando 24 era uma formação especializada em táticas de pequenas unidades e pseudo-operações, se vestindo com o típico pijama negro usado pelo Viet Minh (VM) e os seus capacetes tropicais, com o objetivo de operarem profundamente atrás das áreas dominadas pelo VM.

A insígnia da boina tem um tigre, o animal apex da selva vietnamita, e o lema:

“Tha Chet Hon La Chiu Nhuc”

(Plutôt la mort que la honte)

(Antes a morte que a desonra)

Insígnia da boina dos tigres negros.

Em uma ocasião, Vandenbergh posou como um prisioneiro francês capturado por seus comandos posando de Viet Minh e a unidade atacou e destruiu um posto de comando (PC) do VM após um deslocamento de quilômetros por território controlado pelos comunistas. Outra das ações célebres foi a infiltração em Ninh-Binh para resgatar o corpo do Tenente Bernard de Lattre, filho do General Jean de Lattre de Tassigny, o comandante-em-chefe de todas as forças francesas na Indochina.

Vandenberghe foi morto em 1952, assassinado pelo Subtenente Nguien Tinh Khoï; o ex-comandante da unidade de assalto do Regimento 36 da Brigada 308 do VM, capturado na Batalha do Rio Day em 1951 e transformado em auxiliar do Comando 24.

O Sargento-chefe Tran Dinh Vy fez o curso de comando paraquedista em Pau, na França, em 1954. Mais tarde, foi oficial do Exército Sul-Vietnamita (ARVN) e depois da queda de Saigon em 1975, ele conseguiu escapar para a França, se alistando na Legião Estrangeira e terminando o seu serviço com a patente de coronel. Ele continuou sendo o guardião da memória do Comando 24.

Suas condecorações incluíram:
  • a Légion d'honneur (Legião de Honra),
  • a Médaille militaire
  • 20 citações francesas, americanas e vietnamitas.

O Sargento-chefe Tran Dinh Vy ao lado do Ajudante-chefe Vandenbergh com seus comandos Tigres Negros, vestidos com pijama negro e capacete tropical do Viet Minh, 1950.

Bibliografia recomendada:

Commandos Nord-Vietnam 1951-1954.
Jean-Pierre Pissardy.


Leitura recomendada:

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

FOTO: T-34 versus Metrô

T-34 entalado em uma entrada de metrô em Budapeste, 1956.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 2 de fevereiro de 2022.

O T-34, mesmo na sua versão modernizada de 85mm, sofria de visibilidade ruim por conta das suas viseiras estreitas para o motorista. Na imagem acima, um T-34/85 se entalou numa entrada de metrô em Budapeste, durante o Levante Húngaro de 1956. O motorista não viu a escadaria. O mesmo ocorreu com o seu colega de 1945 na foto de baixo: um T-34/85 tombado na escadaria da estação de metrô Alexanderplatz, em Berlim.

T-34/85 na escadaria do metrô Alexanderplatz em Berlim, 1945.

Bibliografia recomendada:

BATTLEGROUND:
The Greatest Tank Duels in History.
Steven J. Zaloga.

Leitura recomendada:

Vadim Elistratov: Dirigindo o T-34, 8 de fevereiro de 2021.


domingo, 30 de janeiro de 2022

FOTO: Snipers do Corpo Hermann Göring em Bautzen

Snipers da Hermann Göring em Bautzen, na Saxônia, em 25 de abril de 1945.

Por Filipe do A, Monteiro, Warfare Blog, 30 de janeiro de 2022.

Após vários dias de combate sangrento casa a casa contra unidades da 1ª Frente Ucraniana, um grupo de Scharfschützen (snipers / atiradores de elite) da 1ª divisão do Corpo Fallschirm-Panzer "Hermann Göring" descansam em Kubschütz durante a batalha de Bautzen, na Saxônia, em 25 de abril de 1945.

Eles estão equipados com fuzis semi-automáticos Gewehr 43 com lunetas ZF4, e usam uma mistura de parcas camufladas e blusões paraquedistas. Os homens estão usando capacetes M35 padrão enquanto o militar da esquerda usa o capacete M38 paraquedista. Nessa mistura dos blusões Fallschirmjäger (paraquedistas de fato) e parcas das Divisões de Campanha da Luftwaffe, nota-se a camuflagem diferente. Pelo menos dois fuzis soviéticos Mosin-Nagant usando luneta são visíveis.

Original em preto e branco.

A Batalha de Bautzen, ocorrida de 21 a 30 de abril de 1945, foi uma das últimas batalhas da Frente Oriental durante a Segunda Guerra Mundial, e a última grande vitória alemã. O Corpo Fallschirm-Panzer "Hermann Göring" participou com suas duas divisões, com a primeira de fato blindada e a segunda de infantaria blindada (panzergrenadier).

O Gew. 43 que equipa os atiradores da foto era um fuzil adequado para o tiro de precisão em distâncias de combate e equipado com a luneta Gw ZF4 de ampliação de 4x. Compacta e com visual moderno, ela possuía tambores de elevação e vento, ajustáveis em cliques de meio minuto e com um alcance de 800 metros. Esta luneta era fabricada pelas indústrias Voigtlander, Opticotechna e I.G. Farbenindustrie, e era afixada com um trilho usinado simples com um retém de liberação rápida de mola. A ZF4 possuía uma escala de graduação do retículo.

Como os soviéticos também aprenderam na guerra rápida e urbanizada da Frente Oriental, a arma semi-automática permite o tiro em sucessão contra alvos que aparecem por poucos segundos e logo somem novamente. Esse conhecimento foi usado na criação do fuzil sniper Dragunov. Essa capacidade de tiro rápido em sequência do fuzil semi-automático foi notado pelo às sniper alemão Sepp Allerberger (pseudônimo Franz Kramer) no livro In Auge Des Jägers:

"Ele trocou seu K98k [Mauser ferrolhado] por um Modelo 43 com mira telescópica. Ele também pegou quatro carregadores separados com cartuchos B [explosivos] e colocou mais em seus bolsos. Conforme os russos saltavam de suas posições e atacaram, ele repentinamente se levantou e atirou a uma distância de 50 para 80 metros em seu método comprovado, sempre [atirando] contra a última onda. Com eficiência terrível, suas balas rasgaram abertos os troncos dos russos, despedaçando-os. Cada tiro era um acerto. Os soviéticos estavam completamente surpresos com este fogo de flanco ... o ataque vacilou. Após dez tiros o carregador estava vazio, e Franz inseriu um novo. Os gritos dos feridos eram enervantes para os outros, e eles abortaram o ataque e recuaram."
- Martin Pegler, Out of Nowhere: A History of the Military Sniper, pg. 195.

Usando os mortos de cobertura, ele atirou em mais 32 soviéticos enquanto eles tentavam reformar a unidade. Por sua atuação, Sepp Allerberger foi condecorado com a Cruz do Cavaleiro da Cruz de Ferro.

Bibliografia recomendada:

Out of Nowhere:
A History of the Military Sniper.
Martin Pegler.

Leitura recomendada:


terça-feira, 25 de janeiro de 2022

FOTO: Merkava em treinamento urbano.


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 25 de janeiro de 2022.

Um Merkava israelense realizando treinamento operando seus tanques por entre contêiners simulando edifícios para imitar o combate urbano, onde as linhas de visão, a liberação do cano e o movimento do veículo podem ser fortemente restritos.

A Força de Defesa de Israel (FDI) tem vasta experiência em terrenos densamente urbanizados, e o Merkava é o único tanque principal de batalha (main battle tank, MBT) projetado especificamente para este ambiente; incluindo a capacidade de transportar quatro fuzileiros.


domingo, 23 de janeiro de 2022

FOTO: Separatista Checheno na Ucrânia

Sniper checheno com o fuzil SVD Dragunov, 2014.
(Maxim Shemetov / Reuters)

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 23 de janeiro de 2022.

Um separatista pró-Rússia do "Batalhão da Morte" checheno participa de um exercício de treinamento no território controlado pela autoproclamada República Popular de Donetsk, no leste da Ucrânia. A foto foi tirada em 8 de dezembro de 2014.

Leitura recomendada:



sábado, 22 de janeiro de 2022

FOTO: Bashar al-Assad cumprimenta soldados sírios

O presidente sírio, Bashar al-Assad, estende a mão para cumprimentar de um soldado do Exército Árabe Sírio em Ghouta Oriental, Síria, em 18 de março de 2018.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 22 de janeiro de 2022.

Bashar al-Assad, líder da República Árabe Síria governada pelo Partido Socialista Árabe Baath, permanece popular. Em 27 de maio de 2021, Assad venceu uma eleição nas áreas controladas pelo governo de Damasco com com 95,1% dos votos; lhe garantindo um quarto mandato.

O Presidente do Parlamento sírio, Hammoud Sabbagha, anunciou que participaram da votação 14,2 milhões de pessoas, das 18,1 milhões teoricamente convocadas para votar, ou seja, uma taxa de participação de 76,64%. Em Damasco, milhares de apoiadores de Bashar Al-Assad se reuniram na Praça Umayyad, agitando bandeiras sírias e retratos do presidente, entoando slogans à sua glória e dançando.


Na cidade portuária de Tartus (oeste), em meio a bandeiras e retratos, alguns dançavam batendo em tambores, segundo imagens veiculadas pela televisão síria. Milhares de pessoas também se reuniram na cidade costeira de Latakia e na Praça Umayyad em Damasco. Em Soueida, cidade no sul do país, uma multidão também se aglomerou em frente ao prédio da governadoria, enquanto em Aleppo foi armada uma plataforma.

A Rússia, principal aliada de Assad, descreveu a reeleição como uma "vitória convincente" e "um passo importante para fortalecer a estabilidade" do país.

Canção "Vamos elegê-lo, Bashar!"


Leitura recomendada:



quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

FOTO: Operadores de apoio aéreo aproximado dos EUA

Operadores TacAir (TACP) com um rádio AN/PRC-117F e GPS, 2019.
(US Air Force)

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 20 de janeiro de 2022.

Os especialistas do Grupo de Controle Aéreo Tático (Tactical Air Control Party, TACP) fornecem vigilância de forças amigas usando um sistema de posicionamento global PSN-13 e um rádio portátil multi-banda AN/PRC-117F.

Parte da força de Guerra Especial da Força Aérea (Air Force Special Warfare), o TACP é uma pequena equipe de militares que fornecem coordenação entre aeronaves e forças terrestres ao fornecer apoio aéreo aproximado. A Força Aérea americana abriu uma escola de treinamento dedicada apenas em outubro de 2019, localizada em Medina Annex na Base Conjunta San Antonio-Lackland, no Texas. Essa escola visa “sincronizar, padronizar e agilizar o treinamento” dos TACP.

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

FOTO: Char B1 bis "Indochine"

Soldados alemães posando ao lado dum tanque francês Char B1 bis nocauteado, número 205 “Indochina”, na França em junho de 1940.
O soldado alemão de uniforme preto tem a boina das tropas panzer, usada por pouco tempo.
(Colorização por Julius Jääskeläinen)

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 18 de janeiro de 2022.

O Char B1 era um veículo especializado, originalmente concebido como um canhão autopropulsada com um obus de 75mm no chassis; mais tarde, um canhão de 47mm em uma torre foi adicionado, para permitir que ele funcionasse também como um Char de Bataille para acompanhar a infantaria e destruir ninhos de metralhadora e pontos fortes. A partir do início dos anos vinte, seu desenvolvimento e produção foram repetidamente adiados, resultando em um veículo que era tecnologicamente complexo e caro, e já obsoleto quando a produção em massa real de uma versão derivada, o Char B1 "bis", começou no final dos anos 1930. 

Embora uma segunda versão blindada, o Char B1 "ter", tenha sido desenvolvida, apenas dois protótipos foram construídos.

Entre os tanques armados e blindados mais poderosos de sua época, o Char B1 bis foi muito eficaz em confrontos diretos com blindados alemães em 1940 durante a Batalha da França, mas a baixa velocidade e o alto consumo de combustível o tornaram mal adaptado à guerra de movimento então sendo travada. Após a derrota da França, os Char B1 bis capturados seriam usados pela Alemanha, com alguns reconstruídos como lança-chamas, Munitionspanzer ou artilharia mecanizada.

Leitura recomendada:

FOTO: Legionários das Companhias Saarianas

Legionários da 1ère Compagnie Saharienne Portée de la Légion étrangère (CSPL) na Argélia, 1956.
(Colorizada)

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 18 de janeiro de 2022.

As Companhias Saarianas Motorizadas da Legião Estrangeira (1ère Compagnie Saharienne Portée de la Légion étrangère, CSPL) eram formações de patrulha de longa distância no deserto da infantaria motorizada que foram ativadas na década de 1920 e expandidas na década de 1950; foram formadas quatro destas companhias. Vestidos em uniformes tradicionais à la Beau Geste, sua função era guardar pontos estratégicos nas estradas transcontinentais do Saara, como os oásis estratégicos e os poços de petróleo. Essas unidades lutaram durante toda a Guerra da Argélia.

Eles moviam-se para o norte do Saara durante o verão e tomavam parte em operações combinadas como tropa motorizada convencional e como infantaria helitransportada. Por causa das enormes distâncias que as CSPL cobriam, esses legionários tendiam a mover-se de base em base através de toda a extensão do norte do Saara.

A Legião também teve um grupamento comandado pelo Tenente-Coronel François Binoche, o Groupement des compagnies portées de Légion étrangère du Maroc (GCPLEM, mas também GCPLM).

Original em preto e branco.

Os legionários estão armados com material bem obsoleto para o período, que eram adequados para a função de patrulha motorizada, com a tropa armada com fuzis Berthier e o graduado à esquerda com uma submetralhadora Sten. Eles vestem o tradicional uniforme de desfile da Companhia Saariana, que consistia de camisa branca de manga curta, calça seroual branca e bandoleiras de couro em forma de V Modelo Saara 1935. Um manto e sandálias complementam o uniforme.

A 1er CSPL, originária do Marrocos, era aquartelada em Ain-Sefra em 1954, movendo-se para o Forte Flatters em 1955. A 2e CSPL estava em Laghouat e a 3e CSPL no Forte Leclerc (Sebha) no Fezzan. Em janeiro de 1956, a 4e CSPL foi criada da antiga 24e Compagnie Portée do 1er RE (Regimento Estrangeiro). Em janeiro de 1961, a 1er CSPL tornou-se o 1er Escadron SPLE, afiliado com a cavalaria ao invés da infantaria.

A unidade foi dissolvida em 31 de março de 1963, e os homens transferidos para o 2e REI; tornando-se Escadron, 2e REI. Depois renomeado 5ª Companhia Motorizada (5e CP), 2e REI.

Guarda-bandeira da 1er CSPL na entrada do Forte Flatters, em uma capa da revista Képi Blanc de 1959.
A guarda usa sabres de cavalaria em vez de fuzis.

domingo, 16 de janeiro de 2022

FOTO: Operadores paquistaneses com fuzis FN F2000

Homens da Ala de Serviços Especiais da Força Aérea do Paquistão carregando fuzis FN F2000 durante um treinamento no Fort Lewis, em Washington, nos Estados Unidos, em 23 de julho de 2007.

O funcionamento do FN F2000


Leitura relacionada:

LAPA FA Modelo 03 Brasileiro, 9 de setembro de 2019.

GALERIA: O FAMAS em Vanuatu22 de abril de 2020.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

FOTO: Vespa cubana

Integrante das Vespas Negras participa de ensaio para o desfile comemorativo dos 50 anos da vitória de Cuba na Invasão da Baía dos Porcos, Havana, 2011.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 13 de janeiro de 2022.

A militar das Vespas Negras (Avispas Negras), unidade de forças especiais do exército cubano, durante o ensaio para o desfile comemorativo dos 50 anos da vitória de Cuba na Invasão da Baía dos Porcos, Havana, 2011. Ela está armada com o fuzil AKMSB 7,62x39mm dotado de uma mira de ponto vermelho VILMA (Visor Lumínico para Matar Agresores) e um silenciador.

A mira VILMA é de origem cubana e também está em uso na Venezuela, fornecida aos fuzileiros navais da FANB.

A boina vermelha tem a insígnia das Vespas Negras. Essa força especial das Forças Armadas Revolucionárias Cubanas (FAR) foi criada oficialmente no final da década de 1980. As Vespas Negras trabalham em subgrupos constituídos por 5 membros, que podem ser homens ou mulheres.

A vestimenta oficial consistia em um macacão camuflado, com boina vermelha, o qual a partir de 2011 passou a ser a boina verde, ficando a boina vermelha apenas para as Tropas de Prevenção (Polícia Militar) e o escudo de vespa preta com ferrão pronto para atacar, em uma pulseira. No caso de membros profissionais, um indicativo de "Profissional" é adicionado à pulseira.


Suas bases principais estão no antigo presídio militar "El Pitirre", localizado no Km 8 da Rodovia Nacional, e na unidade "Praia de Baracoa", próximo à área do porto de El Mariel, atual província de Havana, e com unidades menores em "El Bosque de la Habana", fica o Departamento de Tropas Especiais do MINFAR e o "Clube El Reloj", este último próximo ao aeroporto Rancho Boyeros. Seu principal campo de treinamento se chama "El Cacho", na província de Pinar del Río, também chamada de "Academia Baraguá".

Seu treinamento é altamente rigoroso. Após a formatura, soldados e oficiais profissionais desta força realizam exercícios na Ciénaga de Zapata, ao sul da província de Matanzas, próximo à Baía dos Porcos, ou nos pântanos ao sul da Ilha de Pines, imensos pântanos localizados tanto a oeste de Cuba, sob estritas condições de sobrevivência. Ser aprovado nesses exercícios significa graduar-se.

As "Vespas Negras" receberam treinamento de vietnamitas, norte-coreanos, chineses, bem como VDV e Spetsnaz russos. Eles aprenderam a se comunicar e se mover silenciosamente por túneis estreitos. Essas tropas também são especialistas em técnicas de mascaramento, uso de ambientes de selva para montar armadilhas e várias artes marciais.

Existiam unidades de missões especiais anteriores que atuavam como parte do Ministério das Forças Armadas Revolucionárias (MINFAR), denominadas "Tigres" e "Leões" em Angola em 1977, quando o MINFAR decidiu ter forças especiais próprias. Antes disso contando com as tropas especiais do Ministério do Interior (MININT) na Batalha de Quifangondo, no norte de Angola, no final de 1975.

Leitura recomendada:

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

FOTO: Pacificadores russos no Cazaquistão

Soldados russos patrulhando a cidade cazaque de Alma-Ata, 11 de janeiro de 2022..

Soldados russos, parte da missão de paz da CTSO, patrulham uma rua no Cazaquistão. O soldado de frente tem uma Saiga-12 com carregadores de AK-74.

Leitura recomendada:

FOTO: Caveira no Iraque

Operador do CTS iraquiano na fronteira do Iraque com a Síria, 2017.

Comando do Serviço de Contra-Terrorismo do Iraque (Counter-Terrorism Service, CTS) com uma pintura de caveira como máscara em cima de um Humvee blindado, com a cúpula improvisada e usando duas metralhadoras, e pintado de preto que é a cor das forças especiais iraquianas.

Além da caveira, o operador também usa o famoso shemag e o uniforme preto. O distintivo do CTS é claramente visível no seu braço.

Leitura recomendada:


FOTO: Caveira emergindo da fumaça, 8 de janeiro de 2022.